Centro-Oeste destina 41% das embalagens vazias do país
Nos primeiros dias do mês iniciou-se a colheita de frutas cítricas na maior região produtora do Rio Grande do Sul, o Vale do Caí. Neste começo, a colheita é da bergamota variedade Satsuma, a fruta cítrica mais precoce cultivada na região, com suas características especiais de fruta sem semente e de baixa acidez, informa a Emater.
O preço médio recebido pelos citricultores está em R$ 9,00/cx. Além da colheita da bergamota Satsuma, os citricultores também estão realizando a prática de raleio dos frutos das bergamoteiras, sendo o mais avançado o da variedade Caí e, em início, o da variedade Montenegrina.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, como as bergamoteiras são plantas alternantes, isto é, apresentam altas produções em um ano e produções menores no ano seguinte, torna-se necessária a realização do raleio para se obter produções mais regulares ao longo dos anos, com frutas de maior calibre. Estas frutinhas verdes resultantes da prática de raleio são negociadas para indústrias localizadas no Vale do Caí, que realizam a extração do óleo da casca. Esse óleo possui diversas utilidades, como por exemplo para a indústria de perfumes, produtos de higiene e limpeza, e indústrias de alimentos e refrigerantes. Na safra passada, foram colhidas e comercializadas 25 mil toneladas de frutinhas verdes oriundas do
raleio.
Para esta safra de 2009, a previsão é de que sejam destinadas às indústrias apenas 10 mil toneladas de bergamotinhas verdes, redução esta que está provocando a elevação dos preços recebidos pelos citricultores. Os produtores estão recebendo R$ 180,00/t da bergamotinha resultante do raleio, preço bem superior aos praticados
na safra 2008, que foi em média R$ 130,00 a tonelada.
Adriane Bertoglio Rodrigues
Emater/RS-Ascar
51 2125-3104
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