Secretaria da Agricultura divulga relatório de monitoramento de surto de gafanhotos no RS
Levantamentos foram realizados in loco na região Noroeste de acordo com notificação da ocorrência de focos de gafanhotos
A citricultura dos dias atuais não é para amadores. Essa afirmação é unânime entre os produtores de laranja e limão que se mantém firmes e fortes nessa atividade tão desafiadora. E não é para menos: desde seu advento, na década de 1970, a citricultura viveu ciclos distintos e atravessou adversidades, passando da Era de Ouro até uma fase implacável nos anos 2000, quando as dificuldades em torno da produção e do mercado fizeram com que tantos produtores migrassem para outras atividades.
Atualmente, a cultura passa por uma fase interessante e remunera bem o produtor. A citricultura está ligada à saúde. Com a pandemia, o consumo de suco de laranja e de frutas cítricas aumentou, auxiliando no aumento da imunidade pela alta concentração de vitamina C. Em um ano em que a previsão era de baixas, a pandemia elevou o consumo e os preços puxados pela alta do dólar, trouxeram uma visão mais otimista para o setor.
Mas para aproveitar as oportunidades, a tecnologia e o conhecimento se tornaram peças fundamentais. É o caso do citricultor Fábio Cerutti, engenheiro Agrônomo pela ESALQ-USP, que é a terceira geração de uma família de citricultores da região de Monte Azul Paulista, SP. Fábio está há mais de 20 anos à frente da produção da família, e é categórico "hoje está muito difícil produzir laranja, a cultura não dá espaço para quem quer se aventurar".
Apesar das dificuldades, o produtor considera a atividade recompensadora e vem investindo na reforma e ampliação dos pomares de laranja. Hoje, parte das fazendas produz cana-de-açúcar e pecuária. Fabio enumera o que considera importante para manter a atividade viável: "Primeiro, que tem que fazer a base perfeita. Eu não abandono uma boa consultoria. A tecnologia dá uma ajuda muito grande e estamos começando a usar máquina com GPS para controlar a pulverização, as áreas de aplicação e a velocidade".
Com os a família Sentinello, não é diferente. Na região de Jales, SP, são os irmãos Paulo César, Marcos Luiz, Marcelo Renato e Moisés Henrique que administram uma nova citricultura. "Ano passado se a gente produziu uma média de 1.260 caixas por hectare, esse ano a gente acredita que feche em 1.500", contabiliza Marcelo, que atribui os bons resultados a investimentos nos tratos do pomar. "Nós fizemos uma adubação melhor, com as tecnologias foliares, aminoácidos. Também aplicamos produto biológico, então esse ano quase não teve problema de ácaro, fungo e bactéria".
Nome forte na produção de laranja para mesa, a família Bardin ingressou na citricultura pelo caminho inverso: os cinco irmãos, Adilson, Antônio, Donizete, Paulo e Elso eram feirantes e comercializavam frutas em feiras livres na região de Campinas, SP.
Desde então, o grupo defende como diferencial de sua produção, a atenção em todo o processo produtivo, desde os cuidados com o solo, escolha das mudas e tecnologias aplicadas. "Laranja é muito dinâmica e desde 1980 os irmãos tiveram essa percepção. Os tratamentos vêm mudando ano a ano, a cultura exige que a gente mude o manejo ano a ano, por causa do clima, das pragas, das doenças e a gente já incorporou esse perfil de mudança, de crescimento. Nós temos consultores trabalhando conosco há mais de 30 anos, e vamos unindo forças e sempre entrando com novas tecnologias", comenta Eduardo, que afirma fazer o possível para implantar inovações para melhorar a produção.
Já o citricultor Rodrigo Cassarotti, literalmente, cresceu dentro da Coopercitrus de Limeira, SP. Além de morar próximo da cooperativa, desde menino, ele acompanhava seu pai, Oscar Gomes Cassarotti, nas visitas à Coopercitrus para comprar insumos para a produção de citros.
Além da irrigação, o segredo da produção de Rodrigo são as tecnologias para elevar a produtividade e combater pragas e doenças. "Eu defendo muito que o solo é o principal. Dou muita importância para a fertilidade. Não existe nada milagroso, uma base bem feita no calcário, no gesso, uma adubação bem feita. A gente trabalha com foliar como complemento para alcançar a alta produtividade e eu também faço fertirrigação", informa.
Daniel Lavrado também é um filho de citricultor e no Sítio Progresso, em Marcondésia, SP, junto com seu pai, Ademir e seu irmão, Danilo, ele toca a produção de 20 mil pés de laranja, em um pomar 100% irrigado, com aproximadamente 50 hectares. A família é cooperada da Coperfam (Cooperativa de Agricultura Familiar), e se destaca por praticar uma agricultura altamente tecnificada, investir em tecnologia e extrair resultados interessantes.
"Meu pai sempre falou: em época de crise, você planta laranja, porque se tá em crise, uma hora ou outra tem que melhorar, e a salvação nossa foi essa. Outra coisa, ele nunca deixou de cuidar da laranja, fazer análise de solo, jogar calcário. Meu pai sempre gostou de tudo que era de tecnologia, essa é outra vantagem. Quando saiu o pulverizador bilateral, em 2004, a gente já comprou, então a gente economiza óleo, economiza tempo".
Com portfólio completo de produtos, serviços de tecnologia e suporte técnico com especialistas em citros, a Coopercitrus segue fortalecendo os citricultores, garantindo as melhores oportunidades e a solução dos principais desafios.
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