RS Safra 2024/25: chuvas aliviam estresse hídrico na soja e no milho
Condições fitossanitárias exigem monitoramento intensificado
As fortes chuvas registradas em janeiro nas principais regiões produtoras do Brasil impactaram o desenvolvimento das lavouras de soja, milho e arroz. As informações são da Conab.
Enquanto o Centro-Norte do país e o Matopiba receberam precipitações que favoreceram a semeadura e o crescimento das culturas, algumas áreas enfrentaram excesso de umidade, dificultando a maturação e a colheita.
No Sul e em partes do Mato Grosso do Sul, o baixo volume de chuvas resultou em restrições hídricas, afetando o desenvolvimento das plantações.
Em Mato Grosso, a colheita está no início, mas a alta umidade do solo compromete a maturação dos grãos. No Paraná, 10% da área já foi colhida, com lavouras em diferentes estágios de desenvolvimento. No Rio Grande do Sul, a falta de umidade prejudicou o crescimento das plantas, principalmente nas regiões das Missões, Alto Uruguai, Campanha e Fronteira Oeste.
Na Bahia, o plantio foi concluído e as lavouras seguem em desenvolvimento, mas o excesso de umidade favoreceu o ataque de patógenos. Em Goiás, a colheita começou em áreas irrigadas, mas as chuvas dificultam a dessecação e secagem dos grãos. Mato Grosso do Sul apresenta boas condições gerais, apesar do estresse hídrico em algumas áreas. Minas Gerais iniciou a colheita em lavouras irrigadas, mas as chuvas exigem maior controle de doenças.
No Maranhão, as precipitações limitaram o avanço da semeadura, enquanto no Piauí e no Pará, o plantio está em fase final, com boas condições para as lavouras implantadas.
Em Minas Gerais, as chuvas favoreceram o plantio e o desenvolvimento das lavouras, mas também aumentaram a umidade e a incidência de pragas. No Paraná, a colheita começou, mas as chuvas limitaram seu avanço. No Rio Grande do Sul, cerca de 25% da área já foi colhida, com perdas pontuais devido à estiagem no final de 2024. Em Santa Catarina, a colheita avança lentamente e o calor excessivo prejudica as lavouras mais tardias.
Na Bahia, a semeadura está quase finalizada, mas pragas e doenças impactam a produtividade. No Piauí, as chuvas recentes melhoraram as condições do cultivo. Em São Paulo, a colheita foi iniciada, mas a prioridade tem sido a colheita da soja. Pará e Goiás apresentam bom avanço na semeadura e boas condições gerais das lavouras.
No Rio Grande do Sul, as lavouras irrigadas apresentam bom desenvolvimento, mas a redução dos reservatórios de água exige irrigação intermitente. Em Santa Catarina, o desenvolvimento tem sido favorecido pela radiação solar, apesar do consumo elevado de água e impactos pontuais do frio. Maranhão avançou na colheita do arroz irrigado e expandiu o plantio do arroz de sequeiro com as chuvas recentes.
Goiás avança na colheita com boa produtividade, apesar de chuvas durante a operação. Em Mato Grosso, a semeadura foi concluída e a colheita está em andamento em áreas irrigadas. No Tocantins, as lavouras seguem em enchimento de grãos. No Paraná, a colheita alcançou 20% da área, com maior parte do arroz irrigado apresentando desenvolvimento satisfatório.
A situação climática segue influenciando o desempenho das culturas em diferentes estados, exigindo atenção dos produtores para ajustes nas estratégias de manejo.
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