Chuvas diminuem o ritmo da colheita da soja no RS

01.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

Na soja, a colheita da safra atual evoluiu pouco devido às chuvas ocorridas durante a semana, atingindo 28% do total plantado. Segundo dados do Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, 42% das lavouras se encontram aptas a serem colhidas e os rendimentos obtidos até aqui devem confirmar as expectativas de uma excelente safra, com vários casos de produtividade acima dos 3 mil kg/ha. Assim como no milho, a tendência é de alteração na produtividade média em nível estadual. Apesar do tempo mais úmido nos últimos dias, não há informações de problemas com doenças fúngicas, típicas de final de ciclo.

 

Com os produtores dando preferência à colheita da soja, a colheita do milho pouco evoluiu durante a semana, aumentando apenas dois pontos percentuais em relação ao atingindo na semana passada. Mesmo assim, o processo de retirada dos grãos se encontra à frente da safra passada, atingindo, no momento, 53% de área colhida.

 

No RS, o amendoim é cultivado em cerca de 400 municípios, com área total de aproximadamente 4,2 mil hectares. Esse cultivo é realizado basicamente por agricultores familiares, que plantam para autoconsumo e vendem o excedente. Somente nove municípios possuem área igual ou superior a 50 ha com intenção comercial. Em Augusto Pestana, na região Noroeste Colonial do RS, município de maior área semeada com amendoim no Estado - cerca de 140 ha -, a lavoura encontra-se em pleno desenvolvimento e com evolução normal. Nessa semana, o avanço permitiu o início da fase de formação de grãos, em quase 100 % da área da cultura.

 

A região do Alto Uruguai por possuir microclimas diferenciados, alguns pomares vem se destacando por antecipar a maturação de citros, como é o caso das variedades de laranja Salustiana e IAPAR 73, cujo período de maturação é a partir de junho e maio, respectivamente. Nessa região, já há frutas destas variedades sendo colhidas, o que antecipa em 2 a 3 meses, o seu período de maturação. Essa situação é importante, pois coloca a fruta no mercado antes que outras regiões produtoras. A bergamota variedade Satsuma continua sendo colhida nos municípios produtores, e sua comercialização segue normalmente, com preços em torno de R$ 0,90/kg. Também está iniciando a comercialização da laranja de umbigo variedade Bahia, com preço inicial de R$ 12,00/cx. No município de Alpestre, há boa produção da variedade precoce de bergamota 15 de março, mas, devido ao seu aspecto (visualmente verde quando madura), tem menor aceitação no mercado e possui dificuldade de colocação, sendo vendida a R$ 0,70/kg. A lima ácida Tahiti, está sendo comercializada, mas com a concorrência da entrada de produção de São Paulo, sendo negociada a R$ 7,00 a caixa.

 

Na maçã, os produtores já finalizaram a colheita da variedade Gala nos Campos de Cima da Serra, e estão começando a retirada de outra importante variedade dos pomares, a Fuji. Essa última, que teve a sua qualidade bastante afetada pelo granizo de novembro, apresenta rendimentos dentro da média histórica da região.

 

As chuvas que caíram na região da Campanha e Zona Sul do Estado, foram benéficas para o campo nativo e para as pastagens de verão, apesar de estarem no final de seu ciclo produtivo. O volume total no entanto ainda foi insuficiente para provocar a recuperação plena dos mananciais hídricos e as reservas de água destinadas a dessedentação do rebanho. Contudo como se reflexo não é imediato continua muito baixa a oferta de animais aptos para o abate nestas regiões.

 

O preço médio do cordeiro apresentou elevação neste ultimo período de comercialização. O levantamento registrou um aumento no preço médio do produto que passou de R$ 3,59 para R$ 3,64 o kg vivo, alta de 1,39%. A comercialização no entanto ainda é pequena nas principais praças do produto. O desempenho produtivo segue satisfatório assim como estado sanitário dos animais.

 

Os suínos também registram aumento. Após um serie de quedas do produto e um período de estabilidade o preço médio do produto voltou a reagir positivamente neste ultimo período de comercialização nas principais regiões produtoras do Estado. O quilo vivo do suíno passou se preço médio de comercialização de R$ 2,22 para R$ 2,25.

 

Raquel Aguiar

Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar

(51) 2125-3105

imprensa@emater.tche.br

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