Treinamento mostra como tornar propriedade funcional e limpa
Começaram as vendas dos primeiros lotes aprovados no Certifica Minas Café – ABIC (CMCA), programa pioneiro lançado há apenas dois meses pela Secretaria de Agricultura de Minas Gerais em conjunto com a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café.
As primeiras compras, dentro deste projeto que tem como objetivo agregar valor e ampliar a renda dos produtores e ajudar as torrefadoras a lançarem produtos certificados no mercado de alto valor agregado, foram feitas pelas indústrias mineiras Café Toko e Vereda Alimentos.
A Café Toko arrematou o lote de 10 sacas de café arábica produzido no Sítio Boa Vista, em Manhuaçu, pelo cafeicultor Vicente Gomes. Trata-se de um café que obteve nota 83,0, em uma escala de 0 a 100, na avaliação da qualidade global, conforme laudo emitido pelo IMA – Instituto Mineiro da Agropecuária e pela ABIC. O ágio estabelecido foi de 20% sobre o preço de mercado, e a empresa pagou diretamente ao produtor R$ 320,00 por saca. O mesmo produto estava cotado em torno de R$ 260,00, ou seja, Vicente Gomes recebeu um prêmio adicional de R$ 60,00 para a qualidade de cada saca produzida. De acordo com o regulamento do programa, a indústria também paga 5% do valor total da negociação para o FCC – Fundo de Cafés Certificados, que vai reverter em projetos de melhoria para o pequeno produtor e a pequena indústria.
Além dessa aquisição, a Café Toko comprou mais 20 sacas, e a Vereda Alimentos, 5 sacas, do café arábica produzido por Waldyr Moacyr P. Mol na sua Fazenda Juliana, em Paula Cândido, município da região das Matas de Minas. Esse café obteve nota 77,5 na avaliação da qualidade global realizada pelo IMA e pela ABIC, e ágio de 15% sobre o preço de mercado. As empresas pagaram diretamente ao produtor R$ 290,00 por saca (prêmio médio de R$ 30,00 para cada saca).
“Além de adotar práticas sustentáveis de gestão agrícola, e assim melhorar a qualidade dos seus cafés, os produtores, mesmo os pequenos, estão tendo acesso direto ao mercado, que é esse contato com as indústrias”, diz Bernardino Cangussu, assessor especial de Café da Secretaria de Agricultura de Minas. Lançado a partir de convênio assinado dia 8 de julho, o CMCA une os programas Certifica Minas Café, da Secretaria de Agricultura, e o Cafés Sustentáveis do Brasil, da ABIC.
Para Almir José da Silva Filho, presidente da ABIC e do Sindicafé-MG e diretor da Café Toko, o programa mostra, já em seus primeiros passos, como é possível funcionar uma coordenação de ações dentro da cadeia produtiva onde todos ganham: produtor, industrial e consumidor. “O que faz a diferença no CMCA é a transparência que envolve toda a negociação. Basta os interessados consultarem o site da ABIC e encontrar todas as informações”, completa Almir Filho.
Superminas
Os cafés adquiridos serão agora industrializados e lançados, com selo numerado, na Superminas, a maior feira do varejo supermercadista de Minas Gerais, que acontece de 20 a 22 de outubro em Belo Horizonte. Neste evento, a ABIC e a Secretaria de Agricultura farão uma palestra para cerca de 600 empresários, e um workshop para os principais varejistas do Estado, detalhando este projeto de cafés sustentáveis. Além do setor supermercadistas, o CMCA também está sendo apresentado para outros canais de distribuição, como as panificadoras e as redes de hotelaria.
O programa é aberto às indústrias já participantes do CMCA ou que pretendem participar do PCS – Programa Cafés Sustentáveis do Brasil, voltado principalmente para as empresas de pequeno porte que querem atuar nos segmentos Superior e Gourmet, de cafés sustentáveis e com maior valor agregado. A ABIC está considerando uma simplificação temporária ao processo de adesão ao PCS, para permitir que mais empresas façam parte deste novo Programa CMCA.
Mais informações sobre o programa no link:
Fonte: Tempo de Comunicação – (11) 3868-4037
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