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A Ceres Sementes do Brasil foi declarada vencedora do processo seletivo aberto pela Embrapa, no licenciamento para a cultivar BRS 511 de sorgo sacarino. O contrato foi assinado nos últimos dias, na unidade da empresa governamental situada na cidade de Sete Lagoas (MG). Os termos respaldam ações conjuntas na área de pesquisa e desenvolvimento, que visam a transformar o sorgo sacarino em cultura energética de escala e alto desempenho no País.
Ceres e Embrapa, esta por intermédio do Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo, irão desenvolver nos próximos dois anos um plano de trabalho conjunto.
“A parceria é uma conquista importante para nós. Acreditamos que a Embrapa pode impulsionar a cultura do sorgo sacarino num modelo semelhante ao que viabilizou a sojicultura no País”, diz William Burnquist, gerente geral da Ceres Sementes do Brasil.
De acordo com Burnquist, Embrapa e Ceres desenvolverão melhores práticas de manejo agrícola e industrial da variedade de sorgo sacarino BRS 511 da Embrapa, que apresenta alto potencial de produção de colmos, com elevados teores de açúcar fermentável no caldo. A Ceres obtém, através de licenciamento, o direito de produzir e comercializar sementes desta nova variedade.
O sorgo sacarino constitui uma fonte complementar para produção de etanol nas usinas brasileiras. Seu ciclo reprodutivo acontece exatamente no período de entressafra da cana-de-açúcar brasileira, entre os meses de novembro e abril. O processamento industrial do sorgo sacarino segue padrões logísticos e industriais idênticos aos empregados na cana.
“Nas atuais condições da cadeia produtiva de etanol no Brasil, o sorgo se encaixa perfeitamente para fornecer matéria-prima de qualidade entre os meses de janeiro e abril, quando a produção de etanol sofre grande queda no país”, reforça o pesquisador André May, da Embrapa.
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