Cerca de 150 pessoas participaram da abertura do Programa Soja Livre 2013/2014

26.11.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Alta demanda e supervalorização da soja convencional estiveram em discussão durante a abertura oficial do Programa Soja Livre 2013/2014, realizado na noite de segunda-feira (25) no Sindicato Rural de Sorriso. Com o tema “Como lucrar negociando Soja”, o especialista Liones Severo, operador de mercado de commodities agrícolas, consultor e analista de mercado e administrador de risco, falou sobre o mercado chinês e de outros países da Ásia, ressaltando a crise de alimentação no mundo. “A soja está supervalorizada e vivemos uma crise de alimentação do mundo. Há escassez e a situação é favorável, o consumo supera a oferta de soja”, garante Severo. O consultor também deu dicas e sugestões de mercado aos presentes.

De acordo com os organizadores, o objetivo de chamar a atenção de produtores de toda região de Sorriso foi alcançada. Cerca de 150 pessoas estiveram presentes no lançamento do Programa para 2014 e receberam informação sobre novidades e produtos do Programa Soja Livre e de seus parceiros. “Nosso objetivo é associar e diversificar os assuntos tratados durante nossos eventos, seja com uma palestra diferente, sobre mercado, por exemplo, ou falar sobre doenças no campo. O foco é sempre atender as necessidades do produtor rural”, analisa o diretor comercial da Coodeagri, Zeca Hasse.

Em sua 4ª edição, o Programa traz na bagagem conhecimento adquirido em outros anos e, segundo o coordenador do Programa Soja Livre, Luis Artur Saraiva, foi possível mostrar ao produtor os materiais disponíveis para o plantio da soja convencional, divulgando os dias de campo que serão realizados entre janeiro e março de 2014, além do Rally Soja Livre. “Temos que informar ao produtor que temos sementes de soja convencional no mercado. Já existe mais demanda hoje, se tivesse mais oferta do produto teríamos um incremento da área plantada”, acrescenta Luis Saraiva.

Produtor de soja convencional há 13 anos em Sorriso e Vera, Valmir Rubio avalia que o preço pago pela saca de soja não geneticamente modificada é um atrativo. “Minha área de plantio não possui muito mato, o que favorece o plantio da soja convencional. Mas o que chama a atenção é o preço pago pela soja, que está bom”, avalia Valmir. Atualmente o valor de cada saca do grão não transgênico varia entre US$ 2,50 e US$ 3, representando o dobro do que se pagava em safras passadas.

De acordo com o produtor de Lucas do Rio Verde, Moacir Boldrini, o custo-benefício do plantio de grãos não transgênicos compensa. Já o prêmio pago ao produtor é um diferencial. “Iniciei o plantio da soja convencional no ano passado em 40% da área plantada. Já em 2013 estou com metade da área de terra plantada não transgênica devido a vantagem do preço que é realmente diferenciado”, explica o produtor.

Representante da Associação Brasileira de Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), Estenio Carvalho, diz que o crescimento de 5 a 6% da área plantada de soja não transgênica é muito positivo, superando as expectativas do programa até o momento que era chegar a 23% do grão plantado em Mato Grosso na safra 2013/ 2014. “Temos muita demanda no mundo todo por soja livre”, comenta Estenio.

“Até algum tempo, ao falar sobre o plantio de soja convencional, muitos produtores tratavam como atraso na forma de plantio. A Aprosoja defende que é preciso gerar e preservar a renda do produtor. Temos que manter a soja convencional”, analisa o representante da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja), Roger Rodrigues.

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