Centro-Oeste já utiliza 200 mil hectares com adubação biológica

27.04.2015 | 20:59 (UTC -3)

A agricultura brasileira, ao longo dos anos, tem sofrido o peso da compactação do solo e, como resultado, estamos chegando numa crise produtiva importante e preocupante em várias regiões, onde os custos de produção tendem a ser maiores. A adubação biológica tem sido a solução de baixo custo para agricultores do Centro-Oeste, onde já são mais de 200 mil hectares adubados com a técnica na região.

O agricultor Valdevino Luiz Martelli, do município de Campo Novo dos Parecis (MT) utilizou a técnica da adubação biológica nos seus 7.950 hectares de soja no verão, justamente preocupado com a compactação do solo. “Tivemos um resultado de quatro sacos a mais de soja, elevando a 63 sacos/ha onde fiz talhões-testemunha (comparativos) sem uso da adubação biológica”, destaca Martelli que gostou do resultado e aplicou a técnica nas lavouras de inverno: milho, pipoca e girassol.

O solo compactado ao longo dos anos faz com que as plantas (soja, milho, girassol e trigo e outras) tenham dificuldade para obter melhor enraizamento impedindo que nutrientes cheguem às folhas e a toda planta.

“Com a adubação biológica, tivemos um melhor equilíbrio microbiológico do solo e até sentimos uma redução dos danos do nematoide na soja”, destacou ValdevinoMartelli.

Já o produtor rural de Rondonópolis (MT), Paulo Sachetti, que utiliza a adubação biológica em 90 dos seus 600 hectares de algodão, gostou da experiência e disse que a tendência é aumentar a aplicação. “Neste segundo ano de uso deu para perceber uma melhora no meio ambiente do solo, trazendo de volta todos os micro-organismos, além de termos um solo mais poroso e que retém água da chuva. Tivemos aumento de 6 arrobas a mais na produção de algodão. Mais dinheiro no bolso do agricultor ”, reforça Sachetti.

Biofábrica para a produção do adubo biológico

O Microgeo permite ao agricultor e pecuarista estabelecerem e manterem sua própria produção do adubo biológico. Na Compostagem Líquida Contínua (CLC) tem as funções de: Alimentar com nutrientes e substrato a atividade biológica da Biofábrica; Regular a produção do adubo biológico mantendo a fermentação contínua; Evitar a fermentação alcoólica, ácida ou láctea; Manter o adubo biológico sempre pronto para o uso, somente fazendo a reposição do Microgeo conforme recomendação do Manual Técnico da empresa.

Para a montagem de uma BiofábricaCLC na propriedade é preciso um tanque com o volume dimensionado as necessidades operacionais, 15% de esterco ou conteúdo ruminal uma única vez, 5% de Microgeo e água.

Após 15 dias da montagem o produtor já pode iniciar a retirada e utilização do Adubo Biológico, podendo retirar diariamente 10% do volume total ou semanalmente 70% do volume total.

O volume aplicado para grãos é de 150L/ha e após cada retirada do adubo biológico deve ser reposto 2,5% de Microgeo mais água na Biofábrica CLC.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025