​CEA-IAC leva conhecimento sobre uso agrícola de adjuvantes a evento nos EUA

Trabalho de pesquisadores junto à indústria de adjuvantes propõe adoção de um novo modelo de classificação funcional para esses produtos

15.08.2017 | 20:59 (UTC -3)
Fernanda Campos

O alto nível de conhecimento registrado pela pesquisa brasileira, em torno da adição de produtos adjuvantes à pulverização agrícola, será um dos temas da Jornada Safra Forte, que acontece esta semana na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. O evento, organizado pela empresa Momentive, fabricante de adjuvantes voltados a diferentes segmentos de mercado, terá a presença do pesquisador científico Hamilton Ramos, do Centro de Engenharia e Automação do Instituto Agronômico (CEA/IAC).

Ramos também é o coordenador da Unidade de Referência em Tecnologia e Segurança (U.R.), entidade atuante na capacitação de mão de obra especializada no manejo de defensivos agrícolas. No evento Safra Forte, o pesquisador tratará principalmente dos ensaios técnicos empreendidos pelo CEA/IAC para a avaliação de adjuvantes.

Situado na cidade paulista de Jundiaí, a 50 km da capital paulista, o CEA/IAC, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, mantém há mais de 15 anos o programa científico “Adjuvantes da Pulverização", financiado com recursos privados. Esse trabalho visa a auxiliar a indústria de adjuvantes a aprimorar os resultados da associação entre seus produtos e os defensivos agrícolas.

“Buscamos no Brasil a elaboração de um novo modelo regulatório para adjuvantes", destaca Hamilton Ramos. “Até há pouco tempo, tais produtos eram registrados como agroquímicos, embora não funcionem como agroquímicos. Hoje, são registrados como fertilizantes foliares, e conceitualmente não agem como fertilizantes foliares. Nossa proposta é para que cada adjuvante seja classificado segundo sua característica funcional: espalhante, umectante, adesionante etc.", diz o pesquisador.

O cientista do CEA/IAC explica ainda que um dos principais desafios para se obter a pulverização eficiente de uma lavoura contra pragas, doenças e plantas daninhas, reside na escolha do adjuvante adequado a cada tratamento.

“Além de potencializar o efeito dos defensivos agrícolas nas lavouras, um bom adjuvante reduz os custos desses tratamentos. Se mal utilizado ou de má qualidade, o adjuvante prejudica o desempenho dos agroquímicos e eleva o custo de produção", conclui Ramos.

O evento de Nova York vai até o próximo sábado e reúne pesquisadores da área de adjuvantes de diversos países agrícolas.

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