CBAI 2009 abordou sustentabilidade do arroz irrigado

14.08.2009 | 20:59 (UTC -3)

O 6º Congresso Brasileiro de Arroz Irrigado debateu sexta-feira (14/08) “Produção sustentável de arroz irrigado”, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre.

O evento, promovido pelo Irga e realizado pela Sociedade Sul-Brasileira de Arroz Irrigado (Sosbai), reuniu cientistas, pesquisadores, técnicos, produtores, estudantes e representantes da cadeia produtiva do arroz do Brasil e do mundo.

O quarto painel “Produção sustentável de arroz irrigado” aconteceu na manhã de sexta-feira (14), com foco nas palestras “Sustentabilidade da produção de arroz irrigado em Arkansas, Estados Unidos, ministrada pelo representante do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, Merle Anders. Segundo Anders, nos últimos cinco anos, o estado de Arkansas contribui com 58% da produção total de arroz longo do País, com média anual de 86,487 milhoes de toneladas, com chuvas médias anuais de 1.270 milímetros com a maioria durante os meses de inverno, quando não está sendo cultivada de arroz. Hoje quase 55% da produção do arroz em Arkansas é realizado convencionalmente contornos em áreas onde tem havido pouca terra niveladora. Hoje, estima-se que apenas 5% do Arkansas da produção do arroz é feita em áreas de grau zero. Quase todos os campos são de grau zero plantadas em contínuo arroz. Os demais campos são alternados com soja em cada segundo ano.

Entre os destaques, esteve a palestra “Tecnologias mais limpas na propriedade agrícola e na lavoura de arroz do Rio Grande do Sul, apresentada pelo consultor técnico do Irga Cláudio Mario Mundstock. “A adoção de práticas de Tecnologias Mais Limpas (T+L) na propriedade rural e na lavoura de arroz visa obter sustentabilidade agrícola e produção de grãos com qualidade, utilizando os recursos naturais e insumos agrícolas de forma racional e com a máxima eficiência”, explicou Mundstock. Parte integrante do Programa Arroz RS, o Projeto Tecnologias mais limpas integra a atividade da lavoura de arroz com práticas de gestão ambiental adequando a orizicultura do Estado à produção mais limpa.

O representante da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) Cimélio Bayer abordou a “Emissão de metano em solos cultivados com arroz e potencial de mitigação”. Bayer destacou que os gases de efeito estufa (GEE) encontrados naturalmente na atmosfera terrestre, como o gás carbônico (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), são primordiais para a existência das diferentes formas de vida atualmente conhecidas no planeta. A presença desses gases mantém a temperatura média na superfície terrestre ao redor dos 15 °C, o que constitui o chamado “efeito estufa natural”. “Esse aumento da temperatura, chamado de aquecimento global, resulta numa série de mudanças climáticas, como por exemplo, a distribuição irregular das chuvas (aumento de inundações e da ocorrência de secas), e a elevação do nível dos oceanos, entre outras, com reflexos sobre diversos setores, como a agricultura e a própria sociedade em geral”, esclarece o especialista. Foram iniciadas ações de pesquisa em 2002 com o intuito de identificar práticas de manejo potencialmente capazes de mitigar as emissões de CH4 nas áreas cultivadas com arroz irrigado, sem que isso acarrete na diminuição da produtividade das lavouras orizícolas.

Homenagens - O Jantar promovido pela Sosbai e Irga, realizado quinta-feira (13), no Clube Farrapos, em Porto Alegre, marcou homenagens aos pesquisadores do Irga, e de outras instituições de pesquisa. Foram homenageados especialistas aposentados do Irga que receberam o reconhecimento pelos trabalhos prestados às Instituições.

O 6º Congresso Brasileiro de Arroz reuniu cerca de 800 pessoas, e contou com o apoio do Governo do Estado. O evento se encerrou sexta-feira (14/08), com a reapresentação dos trabalhos de pesquisa em destaque.

Fonte: Irga

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