Arrozeiros garantem que não faltará arroz mesmo com as enchentes no Rio Grande do Sul
Para a Federarroz, o que já foi colhido tem condições plenas de abastecimento do mercado interno e não há necessidade de importação
Finalizada a época do plantio do girassol, a Caramuru Alimentos S.A., empresa brasileira e líder no mercado de processamento de soja, milho, girassol e canola, tem muito a celebrar. Houve crescimento de 3% em área total plantada dos produtores que vendem para a companhia, chegando a quase 48 mil hectares: foram 47.868, na comparação aos 46.393 do último ano. Na originação, outro número positivo: aumento de mais de 7%, passando de 67 mil toneladas colhidas em 2023 e projetando um recebimento de 72 mil toneladas neste ano.
Apesar das dificuldades climáticas – o fenômeno La Niña, desde o ano passado, tem levado chuvas e secas extremas a diversas partes do País - houve uma boa melhora nos índices. O destaque foi para a região sudoeste de Goiás, em especial os municípios de Jataí, Rio Verde e Montividiu, nos quais, quando somadas, as áreas plantadas dão 18 mil hectares, em comparação às 8 do último ano.
“A Caramuru tem o histórico de proximidade e transparência com o produtor, o que ajuda muito para termos resultados positivos mesmo em anos que teriam tudo para serem adversos”, diz Túlio Ribeiro, Gerente de Girassol. “Nós fornecemos a tecnologia para eles e, como tivemos o período de chuvas, temos incentivado o uso das práticas agrícolas com base em fertilizantes e no manejo de doenças e pragas. Sempre estamos próximos e orientamos que eles olhem o manejo que traga o maior custo-benefício a eles, e não necessariamente este é o de alta tecnologia. Avaliamos caso a caso e, pelo histórico de relacionamento, toda tomada de decisão é pensada em conjunto e seguindo o que for melhor para ambos lados”, comenta.
O cultivo de girassol tem diversas vantagens, em especial no que tange o custo benefício com risco baixo. Numa comparação com o cultivo do milho, por exemplo, enquanto este último precisa de 600 milímetros de chuva para se desenvolver, o girassol, com menos da metade, já rende bem: 250 milímetros são suficientes. Outra vantagem é o seu investimento em tecnologia por hectare: enquanto o girassol demanda R$ 1600/hectare, a do milho está em torno de R$ 3 mil.
“Apesar do cenário adverso, foi possível evoluir. O girassol é plantado como uma cultura de inverno e a janela de plantio dele passa muito pelo momento de semear a soja. Como a soja teve um atraso no plantio de 12 dias por conta do atraso do período chuvoso em Goiás. Mas, ainda assim, foi possível ter bons resultados e crescer em relação à última safra”, diz Túlio Ribeiro.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura