Pesquisador do IAC recebe prêmio por pesquisa com aplicação de bactérias benéficas em cana
Ele foi premiado na categoria pós-doc na Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference
A Zasso Group AG, especialista em soluções de capina elétrica, participou de testes de eficácia para o controle de ervas daninhas e ecotoxicologia (análise de impacto na macrofauna e microfauna). A ação foi realizada em um pomar de maçãs na fazenda experimental La Morinière da CTIFL, em Saint-Epain, França, ao longo de 2020.
Na avaliação, foi utilizado o XPS da família AGXTEND de XPOWER de soluções de capina elétrica. Segundo Benjamin Ergas, Co-CEO da Zasso, os resultados não poderiam ser melhores. “Inicialmente este equipamento é comercializado apenas para vinhedos de grande porte. Então avaliamos também quais seriam as adaptações mecânicas necessárias para o uso nos pomares. O índice de eficácia chegou a 80%, isto é estatisticamente semelhante ao controle químico de ervas daninhas”, destaca.
Os testes foram realizados no Centro Técnico Interprofissional de Frutas e Legumes da França (CTIFL), um instituto de pesquisa independente, público e reconhecido para plantadores de hortaliças. Na ocasião, os pomares aplicados estavam em uma fase de transição no que diz respeito ao controle de ervas daninhas. Por exemplo, as macieiras geralmente são plantadas com porta-enxertos. “Estes na maioria das vezes formam raízes superficiais, mas este fenômeno é aumentado com herbicidas químicos e com a irrigação que às vezes é instalada. As raízes não fazem o esforço de ir fundo porque não competem na superfície do solo e não precisam ir além para obter água”, explica Ergas.
As autoridades francesas estão apertando o “cerco” com relação ao uso de herbicidas, mas alternativas não químicas hoje são consideradas tecnicamente difíceis de implementar, como esclarece o profissional da empresa. Desta maneira, a alternativa então é a capina elétrica, na qual as plantas invasoras recebem um choque elétrico que atinge sua raiz e assim executa controle sistêmico. Esse método não deixa resquícios nem causa danos ao meio ambiente.
Durante 2020, dois métodos de capina foram comparados pela equipe de pesquisa da CTIFL: uma referência química comumente utilizada em pomares convencionais e o Electroherb utilizando a máquina XPS. No final do experimento, em setembro, a condição final das áreas aonde foi utilizada a tecnologia da Zasso apresentou uma cobertura de plantas invasoras menor que a apresentada nas áreas aonde foi utilizado o herbicida químico, apesar de estatisticamente terem sido classificados no mesmo grupo. Em outras palavras, apresentaram a mesma eficácia. “Com base nestes testes, ajustes no equipamento serão realizados e possivelmente já poderão ser disponibilizados a partir do segundo trimestre de 2021”, aponta Co-CEO Zasso na Europa.
Além da eficácia, outro ponto de destaque se refere ao impacto ao meio ambiente. Por exemplo, uma contagem de minhocas foi realizada um dia após cada um dos três de tratamento com Electroherb e não foi encontrada nenhuma diferença no número de desses anelídeos. “Isso quer dizer que a tecnologia realmente não interferiu no meio ambiente, mas realizou o que se propôs. Foram pré-testes muito promissores mostrando que o nosso modo de ação representa uma alternativa adequada às práticas convencionais de controle químico de ervas daninhas ou a outras práticas alternativas”, aponta o executivo.
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