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Durante a segunda mesa-redonda da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) FAO, realizada na Conferência Internacional sobre aplicação da Nanotecnologia na Alimentação e Agricultura, o professor da Universidade de Guelf, Rickey Y. Yada apontou segmentos nos quais a nanotecnologia pode ser desenvolvida de forma sustentável, como na produção de plantas, produção animal, valores adicionados aos produtos, meio ambiente, educação, comunicação.
Para Yada, a nanotecnologia pode ajudar a entender melhor os mecanismos para controlar doenças em plantas, assim como melhorar as características delas. Na produção animal, segundo ele, a nanotecnologia pode ser aplicada para aumentar a eficiência na alimentação e nutrição, minimizar perdas decorrentes de doenças, além de melhorar a reprodução animal. Yada disse que a nanotecnologia deve ser desenvolvida de forma a agregar valor para melhorar as variedades de produtos, a qualidade e segurança, criar novos produtos e aditivos a partir de resíduos agrícolas e derivados.
Com relação ao meio ambiente, a proposta do cientista é aplicar a nanotecnologia na melhoria da qualidade de água, quantidade por meio de tratamento seguro, descontaminação, reuso e conservação, na minimização dos gases do efeito estufa na produção agrícola.
Na educação, o professor propõe que a nanotecnologia seja discutida no ensino formal e pelos meios informais, como os meios de comunicação e museus, além do engajamento público.
Como os principais desafios em nanotecnologia, Yada apontou a identificação e entendimento das reais necessidades para nortear as pesquisas e desenvolvimento na área, melhorar a capacidade e competência
técnica em países em desenvolvimento para entender e engajar as atividades em P&D, avaliação da capacidade tecnológica, aptidão para adaptação e implantação, capacidade local para tomar decisões diante das
dimensões e dos desafios globais, disponibilidade para investir na capacitação dos países em desenvolvimento, não apenas desenvolvendo, mas oferecendo soluções tecnológicas.
Entre as estratégias apontadas para desenvolvimento da área o professor apontou o domínio público da informação e do conhecimento, assegurando que as soluções em nanotecnologia não funcionem apenas como um band aid nos problemas ou que tragam outros mais graves dos que já existem. Para implementar esses mecanismos, Yada sugere que o uso de programas de formação, incluindo os da FAO, serviços de extensão para conduzir
pesquisas de como o produto à base de nanotecnologia seria utilizado, investimento público em tecnologias acessíveis a sociedade, não patenteadas, criar repositório de acesso aberto ou portal e ampliá-lo por
meio de acordos, com acesso preferencial aos países em desenvolvimento, além de estabelecer processo global, incluindo a ONU, FAO e a UNESCO, para investigar e apoiar as iniciativas do ensino técnico em nanotecnologia.
O evento é promovido pela Embrapa Instrumentação Agropecuária, São Carlos (SP), Institutos de Estudos Avançados (IEA) da USP São Carlos e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a
convite da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), e está sendo realizado no Hotel Colina Verde, em São Pedro-SP, até esta quinta-feira, 24.
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Fonte: Embrapa
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