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O Prêmio Cafuso/UCC para os Cafés das Montanhas do Espírito Santo revela, sábado (27), os melhores produtores de café do Estado. Os campeões das etapas municipal e estadual serão apresentados em solenidade, promovida em Venda Nova do Imigrante, na sede do Crevem (Clube Recreativo de Venda Nova do Imigrante), a partir das 18h.
Voltado para os produtores da variedade Arábica dos municípios localizados na região das montanhas do Estado, o prêmio visa a incentivar a busca pela excelência na produção, como meio mais eficaz de conquistar novos mercados e atender a crescente demanda por cafés diferenciados.
Consolidadas como um dos maiores e mais tradicionais grupos nacionais do setor de café, as Empresas Tristão comemoram 75 anos, em 2010, incentivando a melhoria da qualidade da produção no Espírito Santo. Através da Realcafé, que está entre as maiores torrefadoras do Brasil, o grupo promove a premiação, coordenada pela Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo (Pronova).
O trabalho é resultado de uma parceria com a torrefadora japonesa Ueshima Coffee Company (UCC), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
As 87 propriedades já classificadas para a etapa final da premiação foram submetidas a uma avaliação técnica por meio da qual foram verificados critérios sócio-ambientais, que correspondem a 20% da pontuação. A análise sensorial, que corresponde aos outros 80% da pontuação, ficou por conta de por catorze profissionais reconhecidos no mercado de cafés finos e especiais. A prova ocorreu na quarta e quinta-feira (24 e 25 de novembro), na sede da Pronova.
Entre os avaliadores da UCC estiveram o diretor de compras no Brasil, Shota Takemoto, e o provador Edson Casado, o Ministério da Agricultura será representado pelo degustador José Luiz Barbosa. O indonésio Pranoto Soenarto, da General Manager da Excelso Cafés, maior rede de cafeterias da Indonésia, também marcou presença na degustação.
Mudança de conceito
Para Sérgio Tristão, presidente da Realcafé, os concursos estimulam uma mudança de conceito na produção de café no Estado e levam os produtores locais a investirem em qualidade. "Ao buscar a excelência e implantar melhorias nos procedimentos, o produtor agrega mais valor ao seu café. Em alguns casos, o preço da saca de propriedades participantes dos concursos chega a ser o dobro em relação às que não observam os critérios de excelência para plantio e secagem dos grãos", destaca.
Segundo o empresário, os cafés de qualidade têm espaço nas prateleiras do mercado mundial. "Querem cada vez mais o bom café produzido aqui. Esperamos ampliar a oferta desse tipo de café e ocupar cada vez mais espaço nesse mercado", ressalta.
Tristão estima que a comercialização dos cafés finos ou de melhor qualidade represente em torno de 20% das exportações totais. Apesar de a fatia ainda ser pequena, salientou que ela é bastante considerável, tendo em vista que há 10 anos o Brasil praticamente não vendia esse tipo de produto no exterior. "A expectativa é que a demanda mundial cresça ainda mais nos próximos anos em virtude das condições favoráveis que o País apresenta para ampliar a cultura de produtos de qualidade. Além disso, as tradicionais regiões fornecedoras, como a América Central e a Colômbia, estão estagnadas, contribuindo ainda mais a abertura do mercado para os nossos cafés", finaliza.
O prêmio
Com participantes de 18 municípios capixabas, o 10ª Prêmio Cafuso/UCC das Montanhas do Espírito Santo é realizado em duas etapas: municipal e estadual. A primeira seleciona os melhores lotes de cada município, através das análises sensoriais realizadas em, no mínimo, duas rodadas.
Para os municípios que tiverem entre 10 e 30 amostras inscritas, o valor do prêmio é de R$ 3 mil para o primeiro, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro colocado. Aos locais com mais de 31 amostras competindo, a premiação é de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil para os primeiros, segundos e terceiros lugares, respectivamente. Além disso, os quartos e quintos colocados de cada município receberão prêmio no valor de R$ 500.
No município onde não houver o número mínimo de nove amostras inscritas, somente o melhor lote selecionado disputará o grande prêmio. Além da premiação em dinheiro, os cafeicultores terão ágio sobre o preço de seu produto e recebem certificado de qualidade.
Os campeões de cada região, revelados na cerimônia de entrega no dia 27 de novembro, disputam a etapa estadual, que distribui R$ 20 mil ao primeiro colocado, R$15 mil ao segundo e R$ 10 mil ao terceiro.
Entre os critérios observados para a pontuação sócio-ambiental estão: rastreabilidade, utilização de fertilizantes e defensivos, gestão do solo e dos resíduos, procedimentos de colheita e pós-colheita, conservação do meio ambiente e saúde e segurança do trabalhador. O resultado da análise sensorial desenvolvido por uma comissão julgadora corresponde aos outros 80% da avaliação.
As Empresas Tristão, permanecem com sua postura de incentivo à cafeicultura capixaba, patrocinando concursos como o Prêmio Cafuso/UCC das Montanhas do Espírito Santo e o Concurso Conilon de Excelência Cooabriel, que teve sua sétima edição promovida em setembro deste ano. O grupo também realiza palestras e outras ações visando a conscientização e qualificação dos produtores de café do Estado.
Lygia Bellotti
Crossmedia Comunicação Integrada
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