Identificado primeiro foco de ferrugem da soja

25.11.2010 | 21:59 (UTC -3)

O Consórcio Antiferrugem registrou nesta quinta-feira (25), o primeiro foco de ferrugem asiática da soja em área comercial na safra 2010/201, na cidade de Nova Cantu, no Paraná. A presença de ferrugem foi identificada pelo técnico da Cooperativa Agroindustrial União (Coagru) Adriano Adamzuk Carniele e confirmada pela Faculdade Integrado de Campo Mourão.

 

Carniele explica que a lavoura que foi semeada no dia 30 de setembro e está no florescimento (R2). “O produtor vai fazer o controle químico da área com fungicida ainda hoje. Agora é preciso intensificar o monitoramento na região”, enfatiza.

 

Na safra passada, de acordo com o Consórcio Antiferrugem, foram identificadas 2370 ocorrências de ferrugem, sendo que o primeiro foco, em lavoura comercial, foi registrado em 17 de novembro. A pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, explica que a baixa umidade do inverno desfavoreceu a brotação de plantas voluntárias e a sobrevivência do fungo causador da doença. Apesar do sucesso do vazio sanitário e do atraso no cultivo da soja pela falta de chuvas, o registro do primeiro foco de ferrugem está ocorrendo na mesma época do ano, comparando-se com a safra passada.

 

“Por isso, os cuidados devem ser redobrados a partir de agora, quando as primeiras lavouras semeadas começam a entrar no período de florescimento. Nesta fase, aumenta a probabilidade de ocorrência da doença, em função da favorabilidade para infecção proporcionada pelo microclima (maior umidade e sombreamento que ocorrem com o fechamento da lavoura)”, explica Godoy.

 

Segundo ela, as orientações para o manejo da doença não se alteram, devendo ser realizado o monitoramento das lavouras e o acompanhamento da ocorrência da doença na região. “O controle de ferrugem deve ser feito após os sintomas iniciais da doença na lavoura, ou preventivamente, levando em consideração o desenvolvimento da cultura, a presença da ferrugem na região, as condições climáticas, a logística de aplicação, a presença de outras doenças e o custo do controle”, ressalta.

 

Lebna Landgraf

Embrapa Soja

(43) 3371-6061

lebna@cnpso.embrapa.br

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