Cafeicultores do Oeste da Bahia apresentam trabalho de construção da Indicação Geográfica à comunidade

03.12.2012 | 21:59 (UTC -3)
Cesar do Vale

Possuir a Indicação Geográfica de um produto é um mérito, pois este é um dos mecanismos de proteção legal mais importante do mundo para garantir a origem do mesmo. Além de uma identidade visual que passa a ser amplamente divulgada, o produto em si vem acompanhado de sua história particular, de uma forma normatizada e pública de como é produzido, aliado as características exclusivas do local de origem, que garante um padrão único. Reunindo estes conceitos, a Associação dos Cafeicultores do Oeste da Bahia, a Abacafé, vem há quase três anos construindo um projeto desta natureza. Com suporte da Fundação Dom Cabral, foi possível idealizar este projeto. Mobilizações, planos idealizados e capacitações estiveram nesta etapa inicial e com a certeza que seria um dinâmico caminho para fortalecer a cafeicultura do Oeste da Bahia, teve inicio a segunda etapa, sendo a da construção do projeto da Indicação Geográfica do café do Oeste da Bahia.

Com recursos do Ministério da Agricultura, a Abacafé contratou consultorias especializadas para dar suporte ao trabalho e diversas ações foram desenvolvidas. A fim de apresentar à comunidade os passos até então percorridos, no último dia 29 de novembro, em Luís Eduardo Magalhães/BA, a entidade gestora promoveu um evento de divulgação.

A ocasião marcou o fim de uma etapa que envolveu meses de trabalhos e definições. Permitiu a mobilização de um setor empresarial que está entre os mais importantes do setor agrícola da região, o qual está baseado na sustentabilidade, alta tecnologia e qualidade no produto, destacou na abertura do evento o presidente da Abacafé, Dhone Dognani.

Ver um dinâmico setor como este desenvolver um processo desta magnitude, é um orgulho para a Bahia, complementou Cesar Neri, representante do Ministério da Agricultura. Esta mobilização serve de estímulo para outras regiões cafeeiras do Estado desenvolverem a mesma estratégia, finalizou Cesar.

Também estiveram presentes o Prefeito Municipal e produtor pioneiro de café, Humberto Santa Cruz, juntamente com o vice-presidente da Abacafé Glauber de Castro, o diretor da Cooproeste Antonio Assunção e o vice-presidente do Sindicato Rural de Luís Eduardo Magalhães Aristeu Pelens. Em seu discurso, Humberto Santa Cruz destacou a importância do evento, o qual orgulha o patriarca da cafeicultura do Oeste da Bahia, o Sr. João Barata.

O consultor Ivanir Maia apresentou os detalhes do projeto desenvolvido, destacando os impactos da conquista no setor de produção de café e na sociedade local. O projeto marca uma nova era na promoção do agronegócio do estado, pois envolve o reconhecimento da organização, padronização e qualidade de tudo o que está envolvido na produção do café arábica obtido no Oeste da Bahia, destacou Maia.

Por fim, o designer Daniel Guimarães da 2DA, apresentou o projeto de criação da marca que representará a nova indicação geográfica. Os conceitos de algo novo, um setor dinâmico e um produto final diferenciado, são os que estão por trás da nova identidade visual, detalhou Daniel.

Neste processo de construção da Indicação Geográfica do Café do Oeste da Bahia, os próximos passos envolvem o encaminhamento para apreciação do Ministério da Agricultura e por fim, do INPI. A construção da história do setor, o regulamento de produção do café, o conselho regulador, entre outros documentos, estão na lista dos relatórios finais construídos para a busca do inédito reconhecimento da modalidade de Indicação de Procedência do produto regional.

Divulgação

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