O BDMG vai operar o maior
recurso de sua história voltado para o crédito ao setor cafeeiro: R$ 392
milhões na safra 2020/2021, um aumento de 55% em relação à safra anterior. Os
valores foram disponibilizados pelo Ministério da Agricultura, por meio do
Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira). Trata-se do terceiro maior
orçamento do fundo no Brasil, atrás apenas de bancos com atuação nacional.
Na
safra 2018/2019, o BDMG desembolsou R$ 253 milhões, ou 99,5% dos recursos
disponibilizados pelo Funcafé, beneficiando cerca de 2600 produtores. “Como
banco de desenvolvimento, o papel do BDMG torna-se ainda mais imprescindível no
contexto dos desafios socioeconômicos causados pela pandemia de Covid-19.
Estamos focados em uma atuação anticíclica para fornecer mais crédito aos
setores estratégicos da economia, como as cooperativas e pequenos produtores da
cadeia do café”, afirma o presidente do BDMG, Sergio Gusmão.
Por
meio do Funcafé, o BDMG disponibiliza três linhas de crédito. A primeira,
Funcafé Comercialização, é voltada para cooperativas de produção, com prazo de
12 meses de pagamento. A segunda linha é a FAC – Financiamento à Aquisição de
Café, também com prazo de 12 meses, destinada aos comercializadores e
exportadoras, indústrias torrefadoras e de café solúvel, além de cooperativas.
Já a terceira linha é focada no financiamento de capital de giro para
cooperativas de produção e para a indústria de café solúvel e de torrefação,
com prazo de 24 meses para pagamento.
Desembolsos para o setor agro
De
janeiro a abril deste ano, o BDMG acumula desembolsos de R$ 210 milhões para o
setor agropecuário de Minas Gerais, como um todo. O valor é 68% superior ao
destinado no mesmo período do ano passado. Além do Funcafé, os financiamentos
do BDMG são realizados por meio de recursos do BNDES e de Letras de Crédito do
Agronegócio (LCA).
A safra do café
A
economia cafeeira de Minas Gerais é a principal do país e uma das maiores do
mundo. O estado responde por pouco mais da metade da produção nacional. Segundo
análises recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa
para este ano, em Minas, é de produção variando entre 30,7 milhões de sacas e
32,1 milhões de sacas de café, 25% a 30% superior em relação à temporada
anterior. Esta alta se deve à bienalidade positiva da cultura e ao aumento na
área de cultivo, de 983 mil hectares para mais de 1 milhão de hectares neste
ano.