Bunge e CP Foods anunciam acordo para desenvolver blockchain de rastreabilidade

A Bunge e a Bangkok Produce Merchandising (BKP), subsidiária da Charoen Pokphand Foods (CPF), firmam acordo para desenvolver solução blockchain para rastreabilidade de soja. O ajuste de entendimento visa a criação de uma cadeia de suprimentos sustentável e digital. O acordo abrange grãos originados no Brasil e destinados a países asiáticos. O objetivo é aprimorar a transparência e a segurança na cadeia de abastecimento de alimentos.

Ambas as empresas realizarão estudos de viabilidade. Estes abrangem aspectos técnicos, comerciais e operacionais. O objetivo é construir uma cadeia de suprimentos sustentável e digitalmente integrada. A transferência de dados de rastreabilidade está no centro do acordo.

Paisarn Kruawongvanich, CEO da BKP, destacou a importância da tecnologia blockchain. Segundo ele, a tecnologia tornará a cadeia de abastecimento de alimentos mais transparente. Isso garantirá a qualidade e a segurança dos produtos para os clientes. O acordo está alinhado com o objetivo de alcançar uma cadeia de abastecimento "net zero" em 2050.

Conforme informações enviadas à imprensa, a Bunge tem um sistema de monitoramento que cobre mais de 16 mil fazendas e cerca de 20 milhões de hectares na América do Sul. No Brasil, a empresa monitora toda a sua rede de fornecimento direto em áreas sujeitas a desmatamento. Planeja cobrir totalmente a rede indireta em 2025. Mais de 97% do volume de soja adquirido pela Bunge é livre de desmatamento.

Além do foco em rastreabilidade, as empresas também discutirão colaborações futuras. Estas podem incluir a integração mais profunda entre sistemas. O objetivo é viabilizar a transferência de dados em tempo real. Também se busca aferir a pegada de carbono dos volumes comercializados com a BKP. Outro ponto é aprimorar a solução digital para compatibilidade com padrões de certificações de sustentabilidade.