Orizicultor segue focado no semeio do arroz
Com o clima favorável, orizicultores estão focados nas atividades de semeio – que avançam rapidamente no estado – e não têm demostrado interesse em negociar para “fazer caixa”
As exportações de milho do Brasil bateram novo recorde. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia, no acumulado dos últimos 12 meses, o Brasil exportou 40 milhões de toneladas. “É um número inédito. Nunca houve um volume como esse”, reconhece o vice-presidente da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Hélio Sirimarco.
A Secex informou ainda que, de janeiro a setembro desse ano, o País exportou 30.104 milhões de toneladas de milho. O volume é 138,40% superior às 12.625 milhões de toneladas embarcadas nos nove primeiros meses de 2018.
Para Sirimarco, a produção recorde foi resultado do aumento da área da segunda safra e das excelentes condições climáticas. Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que acompanhou o calendário de plantio do milho, foi registrado o crescimento rápido da produção, principalmente em regiões como a Sealba (Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia) e também no Amapá e em Roraima.
Neste último caso, a produção nos dois estados é semelhante ao calendário do Hemisfério Norte, onde o plantio é realizado entre maio e junho.
Ao comentar os dados da Secex, o vice-presidente da SNA reforçou a estimativa nacional de cultivo do cereal, que prevê, para a primeira, segunda e terceira safras, na temporada 2019/20, um aumento de 0,20%, o que deverá resultar numa produção de 98.4 milhões de toneladas – uma queda de 1,70% em relação à safra recorde de 2018/19.
Em relação à primeira safra, a Conab estimou a área de milho, na temporada 2019/20, em 4.144,7 milhões de hectares, 1% maior que a área cultivada na safra 2018/19.
Para a segunda safra, que deverá começar em janeiro de 2020, a produção foi estimada em 70.9 milhões de toneladas. A expectativa fica por conta do plantio da soja, pois se ocorrer dentro do esperado, irá garantir uma janela de plantio favorável ao milho na segunda safra.
Ainda segundo informações da Secex, as exportações de milho em setembro de 2019 apresentaram um crescimento considerável em relação ao mesmo período do ano passado. Foram embarcadas 6.501 milhões de toneladas – 93,40% acima do volume de 3.36 milhões de toneladas exportadas em setembro de 2018. Porém, em comparação com agosto desse ano, o volume foi 14,90% menor. Naquele período, o País exportou 7.644 milhões de toneladas.
Na opinião de analistas, o resultado do mês está relacionado ao considerável volume de negócios da segunda safra (2018/19) realizados de forma antecipada desde o ano passado, à alta dos contratos futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) e à valorização do dólar em julho e agosto.
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