Brasil ainda não usa toda tecnologia disponível na agricultura

25.02.2010 | 20:59 (UTC -3)

O Brasil não está aproveitando totalmente os recursos tecnológicos disponíveis para a agricultura e, com isso, ainda está longe de atingir seu potencial produtivo máximo. A constatação é do presidente da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), Ywao Miyamoto.

Ele visitou áreas de produção agrícola na região Sul, essa semana, e notou que a agricultura não utiliza completamente a tecnologia que está sendo oferecida.

"Realmente, ainda estamos longe da produtividade que poderíamos ter", afirma Miyamoto. Para ele, com a utilização adequada apenas das tecnologias atualmente disponíveis aos agricultores, seria possível aumentar a produtividade das lavouras brasileiras em até 30%. "Está tudo à mão, acessível, mas subutilizado. O produtor só precisa optar por eficiência no uso de ferramentas, máquinas, defensivos e de sementes de boa qualidade, acompanhado de programa de assistência técnica".

Modernização de máquinas e ferramentas, utilização de defensivos mais eficazes, maior uso da biotecnologia e utilização de equipamentos e programas desenvolvidos especialmente para a agricultura são, segundo o presidente da Abrasem, os melhores exemplos de recursos disponíveis e subutilizados nas lavouras brasileiras. Ele alerta que a escolha de cultivares adequadas corresponde a 20% de sucesso na lavoura, e o restante depende de semente de boa qualidade física, pureza e sanidade. Atualmente no Brasil os agricultores utilizam tão somente 50 % de sementes de boa qualidade, assim perdendo grande potencial de capacidade genética.

"Aliar tecnologia e produtividade e aumentar renda do produtor rural são os desafios do agronegócio brasileiro, e nós temos potencial para atingir esse objetivo", defende Miyamoto.

Área com transgênicos tende a aumentar

Sobre o fato do Brasil já ser o segundo país do mundo em área plantada com sementes geneticamente modificada, Miyamoto analisa que "foi um passo natural". Segundo ele, como Brasil, EUA e China têm as maiores áreas cultivadas no mundo, é natural que logo se firmem como os três principais produtores de transgênicos - atualmente, a terceira maior área está na Argentina.

"E a tendência é que essa área aumente ainda mais, com as novas opções de eventos tecnológicos que estão chegando ao mercado, entre eles cultivares que trazem novas características e até mesmo vários eventos tecnológicos combinados em uma mesma semente", analisa o presidente da Abrasem.

Informações adicionais:

Fonte: Barcelona Soluções Corporativas - (11) 3034-3639

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