Boa Safra expande operação e lança FIAGRO

Um ano após IPO SOJA3 manteve média acima de R$ 13,00 por ação

29.04.2022 | 10:15 (UTC -3)
Karen Villerva
CEO da Boa Safra, Marino Colpo, comemora os bons resultados
CEO da Boa Safra, Marino Colpo, comemora os bons resultados

A Boa Safra Sementes celebra 1 ano de seu IPO com muitos motivos para comemorar. Desde a abertura de capital na Bolsa de Valores, em 29 de abril de 2021, as ações da empresa valorizaram e passaram de R$ 9,90 para acima dos R$ 13,00 por ação. Sua base de investidores pessoa física seguiu o mesmo passo e aumentou mais de 153% no período: no lançamento, o total de CPFs era de 17 mil e, segundo dados de abril/2022, a base conta hoje com 43.141. O grande número de CPFs no IPO foi um dos principais destaques da entrada na B3.

“A ação SOJA3 é uma das melhores performances da B3, apesar do momento turbulento do mercado. Mesmo com muita gente voltando a investir na renda fixa, é gratificante ver que nossos papéis seguem bem e que a base de CPFs continua crescendo, mostrando o interesse em investir no agronegócio”, avalia Marino Colpo, CEO da Boa Safra. No mesmo período, a empresa também se consolidou como líder na produção de sementes de soja no Brasil, aumentando seu market share de 5,7% em 2020 para 6,1% e atingindo, em 2021, uma receita líquida histórica de R$ 1,044 bilhão, 78% superior ao ano anterior.

Expansão 

A principal aposta da Boa Safra no último ano foi consolidar seu plano de expansão. Como anunciado no IPO, a empresa investiu uma parcela expressiva dos recursos obtidos com a abertura das ações na ampliação da capacidade produtiva. Desde então, foram três grandes projetos em 2021: as já concluídas obras de expansão da filial de Buritis, em Minas Gerais, e da terceira linha de produção da unidade de Cabeceiras, em Goiás, além da expansão da unidade de Jaborandi, na Bahia, que está na reta final.

Já em 2022, a empresa tem outros três projetos em andamento: a construção de Centros de Distribuição (CD) em Sorriso, no Mato Grosso, e em Balsas, no Maranhão, e o início das obras de uma Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) em Primavera do Leste, no Mato Grosso. Segundo o CEO, essas iniciativas ajudam a sementeira a se fazer mais presente nos principais polos produtores de soja do país, garantindo melhor qualidade do produto até a chegada ao agricultor. Ao mesmo tempo, as obras ampliam substancialmente a capacidade instalada da Boa Safra - saltando de 100 mil de big bags (de aproximadamente 1.000 kg de sementes cada) em 2020 para cerca de 170 mil de big bags até o final de 2022.

Mais opções para investir no agro

Para seguir investindo em seu crescimento e sem comprometer seu capital de giro, mantendo sua filosofia de asset light, a Boa Safra acaba de firmar uma parceria com a Suno para o lançamento de um FIAGRO (Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais), o “fundo imobiliário” do agro, que permite a investidores individuais brasileiros apostarem no agronegócio com mais facilidade.

O fundo híbrido (CRA + Imobiliário) é gerido pela Suno e tem previsto um montante inicial de investimento de R$ 150 milhões. Com a parceria, a Boa Safra ganha acesso a um funding competitivo para suas operações, e os investidores ganham acesso eficiente a uma operação rentável e de baixo risco, com dividendo recorrente e estrutura fiscal moderna. O fundo já teve o registro de criação aprovado junto à CVM e as cotas devem estar disponíveis para negociação no mercado em aproximadamente 90 dias após a integralização do capital.

“Com o FIAGRO, criamos mais uma opção de diversificação de investimento para o mercado do agronegócio. Esse ativo é livre de imposto de renda sobre rendimentos para a pessoa física e permite o investimento tanto em terras agrícolas quanto em recebíveis da Boa Safra. Estamos muito otimistas com a parceria com a Suno e seguros de que o fundo vai atrair ainda mais investidores para nosso negócio”, finaliza Colpo.

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