Biossegurança brasileira é de primeiro mundo, atesta autoridade mundial

23.09.2009 | 20:59 (UTC -3)

Emmett Barkley, que responde pela saúde ocupacional dos laboratórios governamentais americanos de saúde e de agricultura, parabeniza biossegurança nacional, em congresso da ANBio, no Rio de Janeiro.

A organização e o estágio atual da área de biossegurança no Brasil, reunindo cientistas, pesquisadores e profissionais de laboratórios de pesquisa, foram alvos de grandes elogios da parte de Emmett Barkley, ao proferir a palestra magna de abertura do VI Congresso Brasileiro de Biossegurança, que ocorre até sexta-feira (25/09), na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Uma das maiores autoridades mundiais de biossegurança, Barkley preside a Proven Practices, uma empresa que tem entre seus clientes nada menos que as divisões de saúde e biossegurança ocupacional dos laboratórios do NHI, o Departamento de Saúde dos Estados Unidos, assim como dos laboratórios do Departamento Americano de Agricultura.

Para a pesquisadora Leila Oda, da FioCruz e presidente da ANBio - Associação Nacional de Biossegurança, entidade que comemora seus 10 anos de atividades com a realização do VI Congresso Brasileiro de Biossegurança, a fala de Emmett Barkley teve um sabor especial. Foi ao lado de Barkley, há 25 anos, que a pesquisadora realizou o 1º Curso de Biossegurança no Brasil, no Rio de Janeiro, e desde então decidiu adotar a biossegurança como sua principal área de atividade acadêmica. "O reconhecimento de Barkley ao nosso trabalho nos dá mais entusiasmo para prosseguir nessa cruzada de conscientização sobre a importância da biossegurança", resumiu Leila Oda.

De acordo com Emmett Barkley, os grandes desafios atuais da biossegurança mundial estão no aparecimento de novas doenças infecciosas e no reaparecimento de outras, que se acreditavam debeladas, nos riscos associados à genômica, na proteção e nas respostas de emergência com relação ao meio ambiente, no bioterrorismo e na pesquisa de uso duplo. Segundo ele, mais do que nunca a comunidade mundial precisa fortalecer o apoio às suas associações nacionais de biossegurança, como a ANBio, e apoiar o treinamento e a saúde no trabalho de seus profissionais de biossegurança.

Estresses de plantas

Os principais estresses que afetam o desenvolvimento das plantas em todo o mundo ─ seca, alta salinidade e baixa temperatura ─ e que precisam ser vencidos também pelas plantas transgênicas foram abordados pelo pesquisador da Embrapa, Alexandre Nepomuceno, na quarta-feira, dia 23, durante o VI Congresso Brasileiro de Biossegurança, na UERJ. Ele falou das estratégias atuais da biotecnologia para enfrentar os mecanismos de estresse que prejudicam o desenvolvimento das plantas transgênicas.

Segundo o pesquisador da Embrapa, essas estratégias estão evoluindo para o enfrentamento desse problema com a ativação dos mecanismos de defesa das plantas nos momentos mais próximos da ocorrência do estresse, especialmente no caso do déficit hídrico. Anunciou ainda, durante sua palestra, que tal estratégia já foi testada com sucesso em espécies de plantas como tabaco, trigo, A. thaliana, e arroz.

VI Congresso de Biossegurança

O evento promovido pela ANBio, conta com a presença de pesquisadores do Ministério da Saúde, Anvisa, Embrapa, Fiocruz, IAPAR, IOC, CQMED, IMER do Brasil, ANBio, Hemorio, ABIN, Ministério das Relações Exteriores, Pronabens, Instituto Butantã, e das universidades UFRGS, UFRJ, UFMG, UECE, UFRG, Universidade Metropolitana de Santos e UNESP.

Também estão presentes pesquisadores internacionais da Organização Mundial de Saúde, Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), Instituto Intra-Americano de Cooperação para a Agricultura, Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet) da Argentina, Câmara Uruguaia de Sementes, Conselho Internacional para as Ciências da Vida (ICLS), as universidades de Quilmes (Argentina), Bern (Suíça), Oklahoma, Illinois e Maryland (EUA), e o ex-diretor do Centro de Controle de Doenças (CDC), dos EUA. Representantes das associações nacionais de biossegurança de Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Cingapura, Quênia e Sudão, e pesquisadores da Grécia, Holanda, Peru, Bélgica, México e Costa Rica também estão entre os debatedores e palestrantes.

Agenda:

VI Congresso Brasileiro de Biossegurança

22 a 25 de setembro de 2009, 9h às 18h

Campus da UERJ - Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Pavilhão João Lyra Filho, térreo

Rua Francisco Xavier, 524, Maracanã, Rio de Janeiro - RJ

Informações adicionais sobre a ANBio:

Fonte: Barcelona Soluções Corporativas - (21) 2264-1380

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