Biologia do solo é tema de painel no XVII Seminário Nacional de Milho Safrinha

Pesquisador da Embrapa Soja apresenta o potencial dos microrganismos voltados para o manejo da fertilidade do solo para a promoção do crescimento de plantas

21.11.2023 | 14:22 (UTC -3)
Sílvia Zoche Borges
Foto: Keyle Barbosa de Menezes
Foto: Keyle Barbosa de Menezes

Um painel sobre o “Manejo de fertilidade do solo em milho safrinha, visando à melhoria do sistema de produção” será o destaque do XVII Seminário Nacional de Milho Safrinha, no dia 30 de novembro. Outro tema será a “Biologia do solo na nutrição e crescimento da cultura do milho”, com o pesquisador Marco Antônio Nogueira, da Embrapa Soja.

Segundo ele, o uso de insumos biológicos no sistema de produção é um assunto em alta. “Agora, o insumo biológico voltado para o manejo da fertilidade do solo é algo mais específico ainda, porque é um caso muito particular de aplicação de microrganismo no sistema de produção”, afirma. Ele lembra que, normalmente, ao se falar em microrganismo, a discussão é sobre controle de pragas, controle de doenças, e não necessariamente no manejo da fertilidade.

Os microrganismos voltados para o manejo da fertilidade do solo são promotores de crescimento de plantas. O pesquisador afirma que o que há no mercado, desde 2010, voltado para a cultura do milho e do trigo, inicialmente, foi o Azospirillum, o carro-chefe em termos de inoculante para gramíneas.

Ele explica: “Como um microrganismo que estimula o sistema de raízes das plantas, permitindo maior exploração do solo em busca de água e de nutrientes, ele torna a planta mais eficiente em explorar o solo em busca de água e de nutrientes. E ao mesmo tempo, ele, por esse estímulo, dá a formação não só de biomassa de parte aérea, mas também à biomassa de raízes no longo prazo”.

Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo

Para não falar só de Azospirillum, tem a própria tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, lançada recentemente, que são os bacilos mobilizadores de fosfato. Vê-se também sinergia entre esses microrganismos, os mobilizadores de fosfato, que ajudam a planta na absorção de fósforo por vários mecanismos, seja por solubilização, seja por mineralização e também estímulo ao sistema de raiz e quando associado aos Azospirillum, vê-se até um efeito sinérgico na absorção, na obtenção, no desempenho da planta nesses ambientes.

Também discutiram sobre bacilos voltados para aumento de tolerância à seca, que é um importante componente do sistema de produção. “Mecanismos voltados para o que nós chamamos de promoção de crescimento de plantas, isso refletindo no manejo, como vai usar o solo e como a planta vai conseguir explorar esse solo em busca de água e de nutrientes, que acaba refletindo na eficiência do sistema de produção”, conclui.

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