Biofortificação de alimentos será apresentada na COP30

Vitrine de tecnologias da Embrapa irá destacar a estratégia de segurança alimentar e nutricional

03.11.2025 | 16:08 (UTC -3)
Kadijah Suleiman
Foto: Ronaldo Rosa
Foto: Ronaldo Rosa

A biofortificação de alimentos será apresentada na AgriZone - vitrine de tecnologias, ciência e cooperação internacional - coordenada pela Embrapa e instalada especialmente para a COP30, na área da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA). Ela ficará aberta ao público de 10 a 21 de novembro, das 10h às 18h. 

Os alimentos biofortificados fazem parte de uma estratégia de segurança alimentar e nutricional que aumenta os teores de vitaminas e minerais em cultivos básicos. O painel “Biofortificação – cultivos nutritivos e resilientes” será conduzido pela pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Marilia Nuti, dentro da programação técnica da AgriZone, dia 13 de novembro, no auditório 3, de 11h20 às 12h35.

Na ocasião, serão apresentados vídeos de parceiros na América Latina e no Caribe gravados em português/espanhol, com legendas em inglês. Segundo a pesquisadora, o painel tem como objetivo apresentar os resultados e impactos obtidos em 20 anos de pesquisa, sendo os últimos dez anos de implementação junto ao público-alvo, que inclui pequenos produtores familiares, assentados, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas; adoção em programas governamentais como Plano Plurianual e Programa Nacional de Alimentação Escolar; implantação na Guatemala e no Panamá, bem como parcerias bem-sucedidas com o setor privado como Beckmans Sementes e Guyana Rice Board.

Já na área de cultivos da AgriZone, os visitantes poderão conhecer as cultivares biofortificadas de batata-doce, mandioca, milho e feijão-caupi desenvolvidas por Unidades da Embrapa - localizadas em várias regiões do Brasil - e parceiros, através da Rede BioFort, coordenada pela Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ).

Biofortificação

Reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a biofortificação é aplicada em 41 países e beneficia mais de 360 milhões de pessoas em todo o mundo. Entre as consequências das mudanças climáticas, o aumento do dióxido de carbono (CO2) na atmosfera pode resultar na redução de nutrientes em plantas alimentícias. A biofortificação pode ajudar a mitigar esses efeitos, tornando as culturas mais resistentes a condições climáticas adversas, como secas e altas temperaturas.

“Além disso, a biofortificação garante o acesso a alimentos mais nutritivos, especialmente para populações vulneráveis que dependem de culturas locais para sua alimentação. Em resumo, a biofortificação é uma ferramenta importante para mitigar os impactos negativos das mudanças climáticas na produção de alimentos e na segurança alimentar, protegendo a saúde e o bem-estar das populações”, explica Nuti.

Na América Latina e Caribe, trabalham com a biofortificação, desde 2005, os institutos nacionais de pesquisa em agricultura dos países: Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Cuba, Guatemala, Guayana, Honduras, Jamaica, Nicaragua e Panamá em colaboração com o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), Centro Internacional de Batata (CIP), Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT) e Instituto Internacional de Pesquisa de Políticas Alimentares (IFPRI), e apoio do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e HarvestPlus.

Cursos biofortificação da Embrapa

A Embrapa oferece cursos gratuitos de capacitação para multiplicadores com a finalidade de transferir conhecimentos referentes aos materiais biofortificados para que agricultores familiares, e outros interessados, possam produzir alimentos de maneira sustentável, além de obter lucro com a comercialização da produção excedente. Eles podem ser acessados no Ambiente Virtural de Aprendizagem da empresa (https://ava.sede.embrapa.br/). 

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