Beraca lança novidade em tratamento de águas em usinas na Fenasucro & Agrocana

24.08.2012 | 20:59 (UTC -3)
Carol Decresci

Entre os dias 28 e 31 de agosto, a cidade de Sertãozinho, interior de São Paulo, recebe a Fenasucro & Agrocana (20ª Feira Internacional da Indústria Sucroalcooleira e 10ª Feira de Negócios e Tecnologia da Agricultura da Cana-de-Açúcar), onde serão apresentadas as principais inovações tecnológicas, produtos, equipamentos e serviços desenvolvidos para aumentar a produtividade, controlar perdas e evitar falhas durante os processos que envolvem o segmento. O evento contará com cerca de 500 expositores e, entre eles, está a Beraca, empresa que investe em tecnologias para o tratamento de água no país.

Neste ano, a companhia contará com um espaço de 30m², localizado no estande 67, no Pavilhão 1, onde será apresentada a nova linha de produtos destinados ao tratamento de água em usinas de açúcar e álcool. “Será a segunda vez que a Beraca participa do evento. Desta vez, vamos apresentar às empresas do setor nossa nova unidade de negócios e mostrar como é possível tornar os processos mais sustentáveis”, avalia José Eduardo Donato, Gestor da Área de Usinas da Beraca.

O grande diferencial da empresa é o dióxido de cloro, que tem como principal função substituir o uso de antibiótico no controle bacteriológico da fermentação. Com sua aplicação, é possível comercializar as leveduras excedentes do processo, como insumos destinados à produção de ração animal, sem a presença de resíduos de antibióticos, que podem comprometer diretamente a segurança da cadeia alimentar.

Na linha de equipamentos, serão apresentados o Dosatech M400, dosador de pastilhas com bomba, desenvolvido para aplicação em sistemas com alto consumo de água, e Dosatech i50, utilizado para realizar dosagem de solução clorada de forma proporcional, capaz de injetar com extrema precisão sob taxas constantes, mesmo com variação de pressão e vazão. Não necessita de fonte de energia externa, pois opera com a carga hidráulica própria do sistema.

Com a nova estratégia, a empresa, que já atua há mais de 20 anos no setor sucroalcooleiro, pretende levar o conceito de sustentabilidade para dentro das usinas e mostrar que é possível tornar os processos mais limpos e lucrativos. “O mercado está passando por uma transformação importante. Há alguns anos, não ouvíamos falar em tratamento de água nas torres de resfriamento nas usinas, o líquido era desejado nos rios sem nenhuma preocupação com o meio ambiente”, compara José Eduardo Donato.

De acordo com análise de Luiz Carlos Basso, pesquisador da Esalq, parceira da Beraca no projeto do Diox, o dióxido de cloro é um agente antimicrobiano empregado em larga escala e pode ser utilizado no tratamento de águas para o consumo humano e reuso industrial. Sua aplicação no controle da contaminação bacteriana, instalado na fermentação alcoólica, se mostrou eficaz em ensaios de laboratório, o que culminou na sua aplicação em escala industrial, tanto em fermentações em batelada, como contínua.

Os resultados obtidos foram considerados positivos, pois houve uma redução significativa na contagem de células tipo bastonete e nas formações de produtos bacterianos, como os ácidos lático e acético.

“A observação de que tal controle é obtido com concentrações relativamente baixas do produto é muito interessante. Ao que parece, a geração prévia do dióxido de cloro "in situ" (como foi conduzida nas destilarias) garante a sua eficiência, diferentemente de modos de aplicação onde se espera a produção do dióxido de cloro em reações no ambiente do pé-de-cuba. Ou seja, a substância mostrou ser uma boa alternativa para o controle bacteriano em destilarias que pretendem comercializar a levedura seca removida do processo, uma vez que não apresenta o inconveniente de resíduos de antibióticos neste subproduto de crescente valor agregado".

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