Benefícios da alga Lithothamnium estimulam aplicação em áreas do agronegócio

Estudos testando a aplicação ​em diferentes tipos de lavoura, solo e clima atestam sua eficiência

20.03.2019 | 20:59 (UTC -3)
Júlia Gabriello

Estudos testando a aplicação da alga marinha Lithothamnium em diferentes tipos de lavoura, solo e clima atestam sua eficiência para todas as regiões e culturas. No caso do feijão carioca, por exemplo, produtores da região de Goiás obtiveram um aumento de sete sacas por hectare, o que representou uma elevação de 12,8% de produtividade. No setor de hortifrúti, o cultivo de verduras, como o alface, também tem sido beneficiado com a aplicação de produtos à base da alga. Em uma plantação em Goiânia, foi constatado maior vigor nas plantas, maior qualidade e quantidade das raízes e maior capacidade de suportarem a ação dos nematoides. Resultado: aumento de produção de peso fresco na ordem de 10%.

A alga utilizada nesses estudos de campo, e que está sendo cada vez mais adotada pela agropecuária, vem da maior e estrategicamente mais bem localizada jazida de Lithothamnium do Brasil, na costa Norte do Maranhão. A Oceana Minerals, que  detém a concessão de uso, faz uma extração ecologicamente correta, com zero impacto ambiental, monitorada regularmente pelos órgãos ambientais e técnicos próprios. Tem todas as certificações necessárias para a comercialização nos mercados interno e externo. Com essa matéria prima orgânica calcificada, a empresa desenvolveu produtos de alta tecnologia, como os fertilizantes biológicos Algen e Lithonutri.

No setor pecuário, a alga também é utilizada com êxito em pastagens e como ingrediente na formulação de rações, premix, núcleos minerais e vitamínicos, suplementos minerais e suplementos minerais proteico-energéticos.

Estudo de campo desenvolvido pela Oceana numa cultura de Braquiária no Pará, a área que recebeu o Lithothamnium apresentou um ganho de 16% na produtividade de biomassa em relação à área sem o fertilizante biológico; e uma engorda de 3 animais/ha contra 1,5 animal/ha na área sem o Algen. Em outra área, no município de Bom Jesus do Tocantins (PA), o pasto estava em processo de degradação devido ao aumento do rebanho, levando o proprietário a pensar na possibilidade de alugar pasto. Ele já havia aplicado o Algen anteriormente, com sucesso, e resolveu reaplicar. Em 32 dias, o pasto estava com cobertura suficiente para o gado retornar.

Acessível a pequenos produtores (em função do investimento x retorno) e grandes produtores (por adicionar valor à curva de desempenho em cultivos com alta tecnologia agregada), o Lithothamnium, segundo a Embrapa, tem sua eficácia apoiada em três importantes pilares: a) por se tratar de matéria orgânica, possui efeito bioestimulante à rizosfera e à atividade microbiana do solo; b) aumenta a absorção de nutrientes do solo pela planta; c) condiciona e preserva o solo.

Relatório do Brasil Business Consultoria – BBC reforça a importância da alga Lithothamnium. Ela apresenta em sua composição nutrientes que favorecem as condições de fertilidade do solo e/ou potencializa o uso do fertilizante químico por sua ação corretiva da acidez. Além disso, melhora a agregação do solo, minimizando a erosão e otimizando a aeração, aumentando a capacidade de retenção e de movimentação da água e desenvolvimento de raízes, além de fertilizá-lo.


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