Bayer celebra os mais de 10 anos de variedades de soja Intacta no Brasil

Após quatro anos de seu lançamento, cultivares com essa tecnologia estavam presentes em mais da metade da área cultivada no país

11.07.2024 | 06:22 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Daniel Popov
Maurício Rodrigues, presidente da Bayer Crop Science para América Latina, e Márcio Santos, CEO da Bayer no Brasil
Maurício Rodrigues, presidente da Bayer Crop Science para América Latina, e Márcio Santos, CEO da Bayer no Brasil

Os mais de dez anos de variedades de soja com a tecnologia Intacta foram lembrados pela Bayer em jantar na noite da última quarta-feira (10), em Brasília. Houve diversas homenagens. Enaltecimento ao trabalho e contribuições de pessoas da empresa, parceiros, cientistas e produtores.

“A evolução da sojicultura é um dos maiores casos de sucesso da economia brasileira e nada disso teria sido possível sem a dedicação conjunta de agricultores, comercializadores, pesquisadores e desenvolvedores de cultivares, produtores de sementes e importantes atores do mercado de soja”, afirma Márcio Santos, CEO da Bayer no Brasil.

O trabalho que culminou na atual “Intacta 2Xtend” apareceu para o público em geral em 1998, com o primeiro organismo geneticamente modificado no país. A então soja RR (Roundup Ready) era tolerante ao herbicida glifosato. Uma de suas primeiras apresentações aconteceu durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR). Superadas as questões iniciais, a “Intacta RR2 Pro” foi aprovada pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2010. O produto foi ofertado comercialmente em 2013. A partir de 2014 obteve grande sucesso comercial. Após quatro anos, variedades de soja com essa tecnologia estavam presentes em mais da metade da área cultivada no Brasil.

As vantagens proporcionadas pelas cultivares transgênicas são parte da explicação para os aumentos de área cultivada e de produtividade no Brasil. O agrônomo André Pessôa, da Agroconsult, conta que na safra 2013/14 foram cultivados no Brasil 30,2 milhões de hectares com soja; na Argentina, 19,3. Na safra 2023/24, o número brasileiro passou para 46,4 milhões de hectares; o argentino caiu para 17,2. Em termos de produtividade média, o Brasil passou de 47,60 sacos por hectare (2014) para 55,30 (2024). A Argentina, de 46,52 para 50,42.

Esses números, conforme Pessôa, podem ser explicados em parte por fatores decorrentes das novas cultivares transgênicas de soja: redução na aplicação de pesticidas e nos custos de produtos; aumento na produção, produtividade, receita e lucro.

Outro aspecto relacionado ao desenvolvimento de tecnologias transgênicas recebe ênfase de Geraldo Berger, vice-presidente para assuntos científicos para América Latina da divisão agrícola da Bayer: o ambiente de negócios criado permitiu que novas empresas investissem neste mercado de sementes.

“Isso proporcionou ao agricultor brasileiro mais opções de manejo para suas lavouras, criando um mercado promissor para todos os segmentos da cadeia de valor. O setor de produção de sementes, como exemplo, cresceu 7 vezes (700%) frente a um aumento de área de inferior a 4% ao ano nestes 10 anos de Intacta”, diz Berger.

Por fim, Maurício Rodrigues, presidente da Bayer Crop Science para América Latina, explica que os desafios no desenvolvimento da soja Intacta foram enfrentados a partir da junção de forças de diversas pessoas. E "sempre pautados num ambiente de segurança jurídica e de respeito à propriedade intelectual".

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