BASF anuncia parceira com Kubota e ZEN-NOH no Japão

Parceria entre BASF, Kubota e ZEN-NOH objetiva melhorar a produção de arroz no Japão. O negócio tem como primeira etapa integrar a plataforma xarvio Field Manager, da BASF, com a plataforma operacional KSAS, da Kubota. Na segunda, testar o desempenho da integração das plataformas em ensaios de campo em lavouras de arroz, sob a gestão da ZEN-NOH.

Os ensaios serão conduzidos na safra de 2023 e contarão com a participação de agricultores com experiência na utilização do xarvio e da plataforma KSAS.

Os resultados desses novos ensaios de campo complementarão os obtidos em outros 100 realizados em culturas de arroz no último ano pela ZEN-NOH e pela BASF. Nos experimentos anteriores, conforme informações das empresas, foram alcançados aumentos de rendimento entre 15% e 20%, com uma redução média na entrada de fertilizantes de 10%. Em alguns casos, dependendo das condições do campo, o uso de fertilizantes foi reduzido em até 50%.

A previsão é que a integração total entre o xarvio e a plataforma KSAS esteja disponível comercialmente na primavera de 2024.

Conforme dados divulgados pelas empresas, a iniciativa visa oferecer maior praticidade aos produtores, aumentar a produtividade, otimizar o uso de fertilizantes e proporcionar um retorno sobre o investimento mais significativo. Além disso, a parceria pretende enfrentar desafios como o envelhecimento da mão de obra, a falta de trabalhadores e a consolidação das terras agrícolas, problemas que têm afetado a produção de arroz no Japão.

Outro aspecto importante é a sustentabilidade. A integração das plataformas ajudará os produtores a se tornarem mais sustentáveis, a competir globalmente e a cumprir as metas de redução de fertilizantes estabelecidas na estratégia MeaDRI do país, voltada para sistemas alimentares sustentáveis.

MeaDRI significa Medidas para o alcance da Descarbonização e Resiliência com Inovação (Measures for achievement of Decarbonization and Resilience with Innovation). Trata-se de um programa governamento para promover a inovação para reduzir o impacto ambiental. Por meio dele, até 2050, pretende o governo alcançar vários objetivos. Entre eles: (a) emissão zero de CO2 em agricultura, silvicultura e pescal; (b) redução de 50% no uso ponderado de risco de pesticidas químicos; (c) redução de 30% no uso de fertilizantes químicos; (d) aumento da agricultura orgânica para um milhão de hectares.