BASF amplia opções de crédito para produtores rurais e lança novas modalidades de barter

Empresa aposta em inovações, como barter com CBIOs e créditos de ICMS, para facilitar o acesso dos produtores

26.02.2025 | 13:49 (UTC -3)
Revista Cultivar, a partir de informações de Roberta Silveira

Diante das restrições de acesso ao crédito no mercado agro brasileiro, a BASF Soluções para Agricultura informa que vem ampliando alternativas de financiamento para a produção agrícola. De acordo com a empresa, 43% dos negócios fechados em 2024 foram por meio de operações financeiras alternativas, como barter, parcerias com bancos e o Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC). Esse percentual, segundo a BASF, reflete a busca por atender a diferentes perfis de clientes.

Alternativas de crédito em destaque 

De acordo com a empresa, modalidades como barter (troca), FIDC e Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) vêm se tornando mais recorrentes no setor. O vice-presidente da BASF Soluções para Agricultura no Brasil, Marcelo Batistela, afirma que a empresa busca atuar em diversas frentes de crédito para clientes. “Além de oferecer tecnologias para proteção de cultivos, sementes, biotecnologia e agricultura digital, trabalhamos para desenvolver práticas e serviços que auxiliem os clientes na manutenção de suas atividades”, diz o executivo.

Captação via FIDC 

Em janeiro de 2025, a BASF concluiu a captação de R$ 800 milhões por meio do FIDC Opea Agro Insumos, lançado em 2022 e gerido pela Opea. Segundo a companhia, foi a terceira emissão de um FIDC, com o objetivo de impulsionar a venda de insumos agrícolas para distribuidores, revendas, cooperativas e produtores rurais. A BASF informou ainda que o fundo cresceu 55% em seu segundo ano e alcançou um aumento de 93% no terceiro ano. Os recursos são utilizados na compra de insumos agrícolas, enquanto a BASF cede seus recebíveis a prazo safra, ampliando o valor disponível para esse tipo de crédito aos clientes.

Novas opções de barter 

Além dos fundos de crédito, a empresa diz ser pioneira em operações diferenciadas de barter de insumos. Em 2021, a BASF foi a primeira empresa no Brasil a realizar barter com emissões de créditos de descarbonização (CBIOs), com base na Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio). De acordo com José Roberto Louzado Jr, gerente Sênior de Operações de Negócios da BASF Soluções para Agricultura, essa iniciativa busca reduzir a pegada de carbono e incentivar práticas ambientais mais sustentáveis.

Outra modalidade de barter adotada pela BASF, segundo a companhia, envolve a negociação com créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A proposta é viabilizar o crédito excedente em forma de troca de insumos. Após avaliar os créditos do cliente e seus próprios débitos, a BASF propõe a operação que, na visão da companhia, traz conveniência ao agricultor.

“Buscamos entender as demandas dos parceiros para oferecer alternativas que integrem produtos e serviços. Cuidamos de todo o processo para tornar a experiência dos clientes mais ágil. Hoje atuamos em praticamente todo o sistema produtivo, com um portfólio de operações para diversas culturas, como soja, milho, algodão, trigo, café, amendoim, cana de açúcar e até mesmo energia”, afirma Louzado Jr. 

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