Bananicultura: prejuízos de quase R$ 25 milhões no Vale do Ribeira

11.02.2010 | 21:59 (UTC -3)

Um prejuízo de R$ 24,7 milhões. Esta é a estimativo as plantações de banana do Vale do Ribeira da enchente do rio Ribeira de Iguape, ocorrida em janeiro.

A estimativa é do Escritório de Desenvolvimento Rural de Registro, um dos 40 da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

O número considera a produtividade média das áreas atingidas de 25 toneladas por hectare, com uma perda que pode chegar a 65 mil toneladas, a um preço médio de R$ 380 por tonelada.

No levantamento, feito com a colaboração das casas de agricultura da região, o diretor do EDR, Luiz Antonio de Campos Penteado, e o assistente de planejamento, Eduardo Soares Zahn, calculam que aproximadamente 6,5 mil hectares de bananais foram atingidos na região, afetando 13 milhões de plantas. Quarenta por cento das áreas teriam sofrido perda total, perfazendo 2,6 mil hectares destruídos.

“Os R$ 24,7 milhões se referem à perda total; nos outros 60% da área deverá haver uma redução do número de cachos, mas não se pode estimar de quanto”, explica Zahn.

Ele ressalta a importância de os produtores que terão de reformar suas áreas utilizarem mudas produzidas em laboratório, comercializadas a preços módicos, sob encomenda, pela unidade do Departamento de Sementes, Mudas e Matrizes (DSMM), da Cati, em Itapetininga e Tietê - que, aliás, também tem mudas de pupunheira (veja endereços no site

). “O hábito é de arrancar mudas da planta-mãe, o que tem um custo menor. No entanto, a sanidade fica prejudicada pela disseminação de pragas e doenças”, alerta.

Zahn informa que os técnicos das casas de agricultura da região e do EDR estão à disposição para orientar os agricultores no que for possível. Também aponta como alternativa a utilização da linha de financiamento disponibilizada pelo Estado via Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), órgão da Secretaria (leia mais no site

).

Durante as chuvas, o sistema radicular das bananeiras começa a ser afetado em 36 horas, por falta de oxigênio. Vinte e quatro horas com sol são suficientes para a queima das folhas e apodrecimento das raízes. Nas áreas que ficaram com águas paradas, ocorre o “cozimento” das bananeiras, que as deixa imprestáveis para o consumo. “Com esse problema, o recomendável tecnicamente é a destruição do bananal e replantio”, orientam os autores.

A região de Registro é, disparada, a maior produtora de banana do Estado, com mais de 36,8 milhões de caixas de 20 quilos em 2008, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria (IEA). O valor da produção agropecuária soma R$ 458,5 milhões, dos R$ 645,2 milhões do Estado para o produto.

GRUPO DE TRABALHO - Um grupo de trabalho formado no final do ano passado por membros da Secretaria - Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta) do Vale do Ribeira, Cati, Instituto de Cooperativismo e Associativismo (ICA), além da Associação dos Bananicultores do Vale (Abavar), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) pretende levantar as demandas e procurar soluções para os problemas da bananicultura na região. A iniciativa abrange as áreas econômica, técnica, social, cultural, política e ambiental.

Detalhes podem ser obtidos na Apta -

Euzi Dognani/Adriana Rota/Nara Guimarães

Assessoria de Comunicação da Secretaria

11 5067-0069 /

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