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O extremo oeste da Bahia assumiu a liderança como maior polo de irrigação por pivôs centrais no Brasil, ultrapassando o Noroeste de Minas Gerais. O dado foi revelado em um estudo recente realizado pela Embrapa, com base em informações coletadas até outubro de 2024.
O levantamento apontou uma expansão de 300 mil hectares irrigados em relação à última análise feita em 2022 pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Segundo os números mais recentes, o Brasil possui 2,2 milhões de hectares irrigados por pivôs centrais. Em 2022, essa área era de 1,92 milhão de hectares, representando um crescimento de mais de 14% em apenas dois anos.
O levantamento atual contabilizou 33.846 equipamentos em operação, com acréscimo de 140.842 hectares e 3.807 novos pivôs.
Os municípios com maior área irrigada por pivôs centrais são: São Desidério, na Bahia, com 91.687 hectares; Paracatu, em Minas Gerais, com 88.889 hectares; Unaí, também em Minas, com 81.246 hectares; Cristalina, em Goiás, com 69.579 hectares; e Barreiras, novamente na Bahia, com 60.919 hectares.
O pesquisador Daniel Guimarães, da Embrapa Milho e Sorgo, atribui esse avanço às condições topográficas favoráveis, ao uso das águas do Aquífero Urucuia e ao armazenamento de água em tanques com geomembranas.
Minas Gerais permanece como o estado com a maior área irrigada do país, com 637 mil hectares. Já a Bahia superou Goiás e ocupa atualmente a segunda posição, com 404 mil hectares irrigados. Guimarães projeta que Barreiras (BA) poderá em breve ultrapassar Cristalina (GO) no ranking municipal.
O Cerrado abriga mais de 70% dos pivôs centrais instalados no Brasil. Entre as bacias hidrográficas mais utilizadas estão as do Rio Paraná, que fornece 37,7% da água, e a do Rio São Francisco, com 33,1%. A irrigação no Pantanal, por sua vez, não foi registrada no levantamento.
O pesquisador destaca que o monitoramento das áreas irrigadas é essencial para a gestão sustentável dos recursos hídricos e para evitar conflitos pelo uso da água.
“A gestão eficiente é fundamental, uma vez que a irrigação depende do equilíbrio entre oferta e demanda, principalmente diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas”, afirma Guimarães.
Embora o Brasil seja um dos maiores produtores de alimentos do mundo, a maior parte da produção agrícola ainda depende das chuvas. A área irrigada do país representa apenas 2,6% da área irrigada global, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Apesar de possuir 12% da água superficial do planeta e extensas reservas subterrâneas, o Brasil tem uma área irrigada de cerca de 9,2 milhões de hectares, menor que países como Irã e Paquistão.
Guimarães ressalta as vantagens da irrigação, como o aumento da produtividade, a estabilidade da produção e a possibilidade de cultivos na entressafra.
No entanto, ele alerta para o impacto no consumo de água e para a depleção dos aquíferos. Em outras regiões, como nos Estados Unidos, o Aquífero Ogalalla enfrenta problemas críticos de recarga insuficiente e salinização, fenômenos que podem ameaçar a produção agrícola no futuro.
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