Biocompetitividade é o tema do Congresso 2024 da Abag e B3
Evento acontece no dia 5 de agosto, em formato híbrido
Durante a Bahia Farm Show 2024, que acontece até dia 15 de junho em Luís Eduardo Magalhães (BA), Luiz Carlos Bergamaschi (na foto), presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), fez um balanço dos principais pontos de contribuição da entidade para os cotonicultores do oeste baiano e região do Matopiba, assim como para a sociedade em geral e cidades da região. Bergamaschi encerrará seu mandato como presidente da Abapa ao final deste ano.
Em entrevista para a Revista Cultivar, ele comenta as principais realizações da associação, durante sua gestão como presidente da entidade. Confira:
Gestão e governança: a Abapa intensificou a melhoria de todos processos de gestão e governança, tornando-os mais qualificados, com valorização do pessoal interno, criação de novas metodologias, aprimoramento, treinamento e capacitação das pessoas às demandas da região. A Abapa capacitou, nos últimos 10 anos, mais de 90 mil pessoas em seus centros de treinamento e de forma gratuita. Essa massa qualificada vem suprindo a carência que a região possui de mão de obra qualificada, um problema que atinge o Brasil como um todo, em especial Luís Eduardo Magalhães, devido à sua forte expansão nestas duas últimas décadas. O resultado desta ação de treinamento aparece, de forma objetiva, em: redução drásticas no índice de acidente de trabalho; melhora no índice de produtividade; melhor oportunidade de remuneração das pessoas após passarem por este processo de treinamento. Já o cotonicultor que contrata esta mão de obra, tem o benefício de ter uma mão de obra treinada e qualificada, sem ter custos inerentes deste treinamento.
Projeto fitossanitário: desde a implantação da cultura do algodoeiro na região, os incentivos do Fundeagro, entre outras formas de captação de recursos para investimentos, vêm sendo utilizados para o desenvolvimento da cotonicultura no oeste baiano. Estes incentivos têm viabilizado desde a pesquisa de variedades de algodão mais adaptadas à realidade da região, mapeamento de produção e das propriedades (onde a Bahia foi inovadora na implantação do CAR – Cadastro Ambiental Rural), controle fitossanitário das pragas e doenças do algodão na região (onde a principal praga tem sido o Bicudo do Algodoeiro), assim como na divulgação e no marketing do próprio algodão produzido na região. Todas estas ações e recursos contribuíram para a implantação, desenvolvimento e consolidação do algodão na região.
Ampliação do laboratório de análise de fibras HVI: a Abapa realizou no ano passado mais de 3,5 milhões de análises na qualidade de fibra do algodão, na região do Matopiba. Com a ampliação da capacidade do laboratório de análise, que na realidade trata-se da construção de um novo laboratório com quase 1 ha de área construída (com previsão de R$ 60 milhões em investimentos). Este novo laboratório de análises, já em avançado estágio de construção, dará a Abapa a capacidade de dobrar o volume de análises realizadas, conferindo ao algodão produzido na região, condição de igualdade de disputar novos mercados de exportação com os principais países exportadores de pluma, entre eles os EUA. Com isso a Abapa contribui para um maior desenvolvimento da região, com a vinda de mais divisas, provenientes destas exportações.
Bergamaschi destacou estes três pilares como os principais alicerces de sua gestão, legado que deixará à sua sucessão, como contribuição da Abapa para o crescimento, desenvolvimento e sustentabilidade da cultura do algodoeiro, produzido no oeste baiano.
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