Produção paulista de cana-de-açúcar é estimada em 283,4 milhões de toneladas
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O tema “Semente: Propulsora do Agronegócio” será o fio condutor do XXI Congresso Brasileiro de Sementes, que ocorre de 12 a 15 de setembro, em Curitiba (PR). Realizado desde 1979, o CBSementes reúne técnicos, produtores, pesquisadores, docentes, empresários e estudantes vinculados ao setor sementeiro do Brasil e de outros países latino-americanos.
A Embrapa Hortaliças participa da programação dentro do Painel de Oportunidades para Pulses (ervilha, lentilha e grão-de-bico), onde o pesquisador e chefe-geral da Unidade, Warley Nascimento, que coordena o programa de melhoramento genético dessas leguminosas, apresentará as novidades no desenvolvimento de novas cultivares e na tecnologia de produção de sementes. Nascimento observa que os avanços em termos de genética de cultivares e de tecnologia de produção de grãos e sementes das três espécies trabalhadas no programa têm garantido uma boa produtividade, seja no cultivo de sequeiro (grão-de-bico) ou no irrigado (ervilha e lentilha, além do grão-de-bico).
Também participante desse painel, a professora Denise Dias, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), abordará os últimos resultados de pesquisa relacionada à tecnologia de sementes dessas espécies. Ainda dentro do mesmo contexto, os técnicos Airton Cittolin (Sementes Cittolin) e Ademir Santini (Santini Agro), parceiros da Embrapa, discutirão as suas respectivas experiências no cultivo das leguminosas.
Segundo Nascimento, a ideia é reforçar a importância das leguminosas como opção de diversificação de cultivo no campo e como oportunidade para o mercado de sementes e a indústria de grãos.
O fortalecimento da pesquisa voltada para o melhoramento genético e, consequentemente, a produção de sementes, na avaliação do pesquisador, impulsiona o mercado interno, oferecendo alternativas aos agricultores brasileiros ao ampliar o leque de possibilidades de ganhos econômicos. “A agricultura brasileira tem em mãos um grande potencial para atender tanto o mercado interno (in natura e/ou produtos processados) como a comercialização do excedente para exportação, o que representa uma valiosa contribuição do setor para o equilíbrio da balança comercial, beneficiando toda a cadeia produtiva”, sustenta o pesquisador.
Nascimento acrescenta que nos últimos dez anos a Embrapa Hortaliças e parceiros têm disponibilizado várias cultivares de grão-de-bico para a cadeia produtiva – BRS Aleppo, BRS Toro, BRS Cícero e BRS Cristalino, que apresentam dupla aptidão - os grãos podem ser consumidos secos ou reidratados. Essa característica também está presente na nova cultivar BRS Kalifa, apresentada durante as comemorações de aniversário da Embrapa Hortaliças, em maio último.
Apontada como cultura de “safrinha”, em rotação com as lavouras tradicionais do agronegócio do Cerrado brasileiro, a nova integrante da família de cultivares de grão-de-bico vem apresentando uma produtividade acima de 2.500 kg/ha em áreas irrigadas dessa região. Outra característica da BRS Kalifa é a sua resistência ao nematoide-das-galhas da espécie Meloidogyne javanica, patógeno que pode causar sérios prejuízos à produção, além do efeito supressivo dessa cultivar sobre pequenas lagartas.
A inserção do grão-de-bico no Zoneamento Agrícola de Risco Climático – ZARC também será destacada durante a explanação do pesquisador Warley Nascimento no XXI CBSementes.
Segundo ele, as culturas inseridas no zoneamento apresentam inúmeras vantagens para os produtores, como indicações dos períodos de semeadura e dos níveis de riscos climáticos em cultivos de sequeiro e irrigado.
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