Automação eleva a produtividade final na lavoura

Com a tecnologia de acionamento elétrico para taxa fixa, através de dispositivos móveis, a dosagem e deposição no solo é mais precisa e há real controle do que acontece com o implemento durante a atividade

29.03.2022 | 14:02 (UTC -3)
Kassiana Bonissoni
Com a tecnologia de acionamento elétrico para taxa fixa, através de dispositivos móveis, a dosagem e deposição no solo é mais precisa e há real controle do que acontece com o implemento durante a atividade. - Foto: Divulgação
Com a tecnologia de acionamento elétrico para taxa fixa, através de dispositivos móveis, a dosagem e deposição no solo é mais precisa e há real controle do que acontece com o implemento durante a atividade. - Foto: Divulgação

Os produtores rurais estão cada vez mais adeptos e conectados à tecnologia. Eles querem e precisam acompanhar as inovações que chegam para facilitar o trabalho na lavoura e auxiliar no aumento da produtividade com maior economia. A revolução que o campo está vivendo hoje nessa área deixa no passado a rusticidade e a limitação das ferramentas manuais e analógicas, e coloca o agricultor em contato com caminhos de muita perspectiva.

O momento do plantio é um dos exemplos onde a tecnologia, através da automação, facilita o desenvolvimento das operações e melhora o desempenho. Esta é uma etapa da atividade rural que pede agilidade e, ao mesmo tempo, pode garantir a qualidade das plantações. Isso envolve a uniformidade no desenvolvimento da lavoura, a distribuição efetiva de adubo, a plantabilidade e a distância adequada entre as sementes. 

Com o objetivo de trazer mais automação para esse processo, a FertiSystem, com sede em Passo Fundo/RS, tem em seu portfólio um sistema de controle de aplicação de fertilizantes por meio de smartphone ou tablet, o TXF MB (Taxa Fixa Mobile). Álvaro Gottlieb, gerente de engenharia e P&D da empresa, explica que a ferramenta é simples de operar, acessível a todos os produtores e desenvolvida para ser utilizada em adubadoras, semeadoras, cultivadores ou sulcadores.

Álvaro Gottlieb, gerente de engenharia e P&D da empresa
Álvaro Gottlieb, gerente de engenharia e P&D da empresa

Como funciona

O TXF MB aciona dosadores de fertilizantes através de um motor elétrico robusto instalado diretamente no eixo que aciona esses dosadores. Esse sistema de acionamento elétrico é para taxa fixa, que é uma das opções ou recursos de dosagem. Por ser fixa, a dosagem é mantida sob qualquer circunstância, independente da velocidade do implemento ou topografia do terreno. “Se a necessidade é depositar 300kg/ha de adubo em uma área, esta taxa vai se manter fiel a 1km/h ou a 10km/h”, esclarece Gottlieb.

Uma das facilidades do conjunto MB, como também é chamado, é a dispensa de internet na lavoura para que ele funcione. O sistema possui antena GPS e um ponto de acesso wi-fi que fornece uma conexão ponto a ponto para executar seu trabalho. E por ser um controlador de dosagem, nele é possível alterar as doses de fertilizantes sem parar o trator, tudo seguindo as informações geradas no aplicativo que está no smartphone ou tablet do operador.

 Aumento da produtividade

O TXF MB pode aumentar a produtividade da lavoura porque exclui os problemas causados pelo tracionamento mecânico do implemento ou a patinagem do rodado. Dessa forma, gera aumento da precisão na deposição do adubo e principalmente oferece o controle real do que está acontecendo com o implemento.

De acordo com o gerente de engenharia e P&D da FertiSystem, excluir o erro da patinagem é um dos principais benefícios da tecnologia, isso porque nos implementos com tracionamento normal, o sistema de adubo é tracionado pelo rodado da própria máquina, ou seja, se a roda gira, o adubo cai, se a roda não gira, o insumo não cai. “Quando há patinagem quer dizer que a máquina está andando, porém, não está depositando o fertilizante. Já com esse sistema, indiferente se há ou não tração na roda, ele vai manter o giro em função da velocidade captada na antena GPS”, exemplifica o profissional.

Nada de sujar as mãos de graxa

O conjunto MB não necessita de manutenção. Por ser um motorredutor blindado com proteção IP69K, o conjunto não requer troca de óleo, engraxar, trocar rolamentos ou qualquer outra manutenção preventiva e preditiva.

“É um componente aditivo que vai "turbinar" a máquina, agregando valor a ela e à operação da fazenda. Ainda assim, é um equipamento simples, que pode ser instalado para qualquer cultura ou aplicação. Com ele reduzimos erros e corrigimos o plantio, evitando desperdício de recursos e tornando a lavoura mais tecnológica, sustentável e produtiva”, finaliza Gottlieb.

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