Audiências renovam a expectativa do setor do tabaco

01.04.2011 | 20:59 (UTC -3)

Representantes de entidades relacionadas à produção de tabaco, lideranças políticas e empresariais voltaram a se reunir em Brasília na última quarta-feira (30), para debater os impactos da possível vigência das consultas públicas nº 112 e 117, da ANVISA. Desta vez, em duas audiências muito esperadas: com a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária e com a Casa Civil. O presidente do SindiTabaco - Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco, Iro Schünke, participou de ambos os encontros junto a representantes dos produtores de tabaco e trabalhadores das indústrias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Bahia.

 

O diretor-presidente da ANVISA, Dirceu Barbano, recebeu a comitiva do setor do tabaco para entrega dos formulários sobre tais consultas, que, com a mobilização, resultou em mais de 200 mil contribuições. “Todo este material entregue será considerado e analisado por uma equipe técnica que apresentará um parecer”, afirmou Barbano. Ainda de acordo com ele, as normas estarão em consonância com a realidade. “A iniciativa destas consultas, com o intuito de tornarem-se normas, serviu para coletar o sentimento da sociedade”, completa.

 

Às 17h30min, a comitiva esteve novamente reunida, desta vez, no Palácio do Planalto. Por intermédio da senadora Ana Amélia Lemos, a Casa Civil abriu as portas para o diálogo com o setor. Branislav Kontic, assessor-Chefe da Assessoria Especial da Casa Civil da Presidência da República, informou que toda a equipe estará à disposição para facilitar o diálogo com as agências. Segundo ele, a presidente da República, Dilma Rousseff, tem uma noção clara da importância do setor e pediu toda a atenção a eles e ao Ministério da Saúde nos desdobramentos do assunto.

 

“As audiências foram positivas, com um diálogo franco e aberto. Vamos aguardar o parecer da ANVISA, pois o movimento iniciado em janeiro por todos os elos da cadeia produtiva, e que contou com o importante engajamento político e empresarial, ecoou em Brasília. Agora também o governo federal e a própria ANVISA estão cientes dos impactos negativos que tais propostas podem causar”, afirma Schünke.

 

ENTENDA – Publicadas no final de 2010, no Diário Oficial da União, as consultas públicas nº 112 e 117 pretendem proibir os aditivos nos produtos derivados do tabaco e alterar drasticamente as embalagens, os materiais de propaganda e proibir a exposição dos produtos derivados do tabaco em pontos de venda. As propostas inviabilizariam a produção do tabaco Burley, indispensável na fabricação dos cigarros produzidos e consumidos no Brasil, e incentivariam, principalmente, o comércio ilegal, atualmente estimado em 30% do mercado total.

 

Eliana Stülp

Andreoli MSL Brasil

(51) 3713-1777

eliana.stulp@br.mslworldwide.com

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