O plantio de soja na temporada 2017/2018 preocupou os produtores do país nos últimos dois meses. As chuvas, que marcam o início da semeadura da oleaginosa, entre setembro e outubro, demoraram a chegar ocasionando um estresse hídrico de grande impacto, que comprometeu o desenvolvimento das lavouras brasileiras das regiões Sudeste e Centro-Oeste.
Este cenário exige cuidado redobrado no manejo, segundo o engenheiro agrônomo Fransérgio Batista, gerente técnico especializado em grãos da Alltech Crop Science. Com o recente retorno das chuvas, a dica é utilizar de imediato de ferramentas que auxiliem a planta a enraizar e desenvolver a parte aérea. Dessa forma é possível reativar o metabolismo da planta.
"Esse ano houve três situações conjuntas: pouca chuva na fase inicial, baixa umidade e as altas temperaturas. Essa combinação de fatores faz com que a planta diminua seu crescimento. Então, quando o vegetal está sob estresse hídrico, ele utiliza toda a sua energia para se manter vivo, ao invés de direcioná-la para o seu desenvolvimento. Isso interrompe a expansão da raiz e da parte área", afirma Batista.
O uso de aminoácidos e precursores hormonais é extremamente importante nessas situações, destaca o engenheiro agrônomo. "Estes compostos dão energia para que a planta reative seu metabolismo. Sem dúvidas, se o produtor realmente utilizar essas ferramentas, ele tem possibilidade de minimizar as perdas que o estresse hídrico já causou na lavoura", conta.
Batista ainda explica que o retorno das chuvas e a aplicação destas soluções naturais não significam que a propriedade vai produzir normalmente. "Esse trabalho é para minimizar problemas que já foram causados. Por isso, quanto antes ele começar esse manejo, maior são as chances de recuperar a planta e ter menos perda de produtividade", finaliza.