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A Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil passa a integrar o grupo de convidados externos para a construção do novo Plano Diretor da Embrapa – o VII PDE. A partir de agora, a entidade pretende contribuir com a Embrapa no desenvolvimento de pesquisas de sistemas de automação, além de promover padrões GS1 de identificação em produtos agrícolas com a finalidade de aumentar a qualidade dos alimentos produzidos no país e garantir a segurança do consumidor.
A celebração da parceria é resultado do relacionamento da direção da sede da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil em Brasília (DF) com autarquias e órgãos do Governo, entre elas as câmaras setoriais e temáticas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da qual a Embrapa é subsidiária.
De acordo com João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, “a automação bem orientada proporciona o diferencial competitivo a todos os empresários, pois racionaliza processos, eleva a produtividade e diminui custos”. Na agricultura, os padrões GS1 – os códigos de barras são os mais conhecidos – dão início à identificação única e inequívoca de cada produto do campo, proporcionando processos orientados à rastreabilidade em toda a cadeia de abastecimento, desde o produtor até o consumidor. Como exemplo, Oliveira cita casos bem-sucedidos no Brasil na produção de melões, uvas, pimentões amarelo e vermelho.
Há uma parceria da associação com a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), cujo resultado foi um projeto para atender pequenos agricultores na criação de um sistema de rastreabilidade em folhas, legumes e vegetais. A exigência da rastreabilidade desses produtos faz parte da Instrução Normativa Conjunta (INC) n° 2, de 08/02/18, da Anvisa e do Mapa, que tem como objetivo garantir a segurança dos alimentos desde a origem até a mesa do consumidor. Outra parceria da entidade é com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). Nesse caso, o trabalho deu origem ao selo de importação que identifica cada fardo de algodão exportado e agrega mais valor ao produto.
Durante a reunião dos representantes da GS1 Brasil e da Embrapa, que gerou a parceria, a Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil teve a oportunidade de apresentar um projeto inédito no mundo – Código Verde. Trata-se da primeira vez que padrões GS1 identificam plantas de mata nativa em um processo de rastreabilidade automatizado. O projeto Código Verde é aplicado no Viveiro de Plantas do Legado das Águas, inserido na maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil, com 31 mil hectares. A viabilidade do projeto se deu pela parceria da GS1 Brasil com a Reservas Votorantim, além das empresas PariPassu, Zebra Technologies e 3M.
Com isso, já é possível garantir o padrão de qualidade durante todo o processo de manejo da planta, da coleta na matriz até o destino. A identificação das matrizes é um recurso essencial para garantia da variabilidade genética que está vinculada ao sucesso dos projetos de reflorestamento e paisagismo. De acordo com João Carlos de Oliveira, “além de contribuir em um projeto de conservação de uma área que representa 1,5% dos 9% restantes da Mata Atlântica do estado de São Paulo, a entidade mostra que a tecnologia pode contribuir para viabilizar a sustentabilidade”. Feito antes manualmente, o processo de rastreabilidade de cada muda das espécies da Mata Atlântica agora é automatizado no padrão GS1, usado em todo o mundo.
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