Cooperbatata realiza 6° Dia de Campo
A Assembleia Legislativa do Estado da Bahia vai homenagear a Embrapa pela passagem dos seus 40 anos com uma sessão solene nesta quarta-feira (15), às 9h30min. A iniciativa é do deputado estadual Mário Negromonte Júnior (PP) e vai destacar a história e as contribuições da Embrapa para tornar o Brasil um dos líderes mundiais em tecnologia para a agricultura tropical.
O evento terá a presença do diretor-executivo de Transferência de Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior, e do chefe geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), Domingo Haroldo Reinhardt, e diversas autoridades.
No hall da Assembleia Legislativa, a Embrapa Mandioca e Fruticultura vai exibir um conjunto de tecnologias e produtos pesquisados, como uma amostra da coleção de variedades de maracujá, manga e citros da Unidade – que preserva a ampla variabilidade genética desses materiais para estudos atuais e futuros –, e mudas de bananeira obtidas por meio da biotecnologia – mudas produzidas por micropropagação (propagação in vitro a partir de tecidos das plantas) praticamente isentas de vírus e doenças, com alta qualidade genética. Haverá, ainda, degustação de chips de mandioca e beijus coloridos com frutas e hortaliças.
Criada em 26 de abril de 1973 como principal instrumento na reformulação da pesquisa agropecuária brasileira, a Embrapa foi parte efetiva da revolução agrícola que tornou o Brasil um dos líderes mundiais em tecnologias para agricultura tropical.
Nesse período, o País deixou uma situação de insegurança alimentar e passou a ser um dos maiores produtores de alimentos do mundo. O crescimento da oferta para o mercado interno superou rapidamente a curva de crescimento da demanda, provocando uma queda de 50% no valor da cesta básica, entre 1975 e 2011.
Essa verdadeira revolução no campo é fruto do trabalho conjunto da Embrapa, das instituições estaduais de pesquisa e extensão, de universidades e do setor produtivo, que apostou nas tecnologias geradas pela pesquisa. Os avanços são fruto de inovações como o melhoramento genético, que gerou cultivares adaptadas às condições de produção tropicais; a transformação de largas extensões de terras inadequadas à produção, em especial dos cerrados, em solos férteis, aptos para a agricultura, além do desenvolvimento de sistemas de produção e sistemas de produção adaptados às diversas regiões do País, com base em técnicas de adubação – em especial a fixação biológica de nitrogênio –, controle de doenças e pragas, rotação de culturas e recuperação de pastagens entre outras tecnologias.
O Brasil é atualmente o terceiro maior exportador mundial de produtos agropecuários. É também o maior exportador de café, açúcar, suco de laranja, etanol de cana-de açúcar, frango e soja; segundo maior exportador de carne bovina e terceiro maior exportador em algodão.
A Embrapa é constituída por 47 Unidades Descentralizadas de Pesquisa e Serviço, além de 15 Unidades Centrais. Ela também coordena e integra o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), constituído pelas Organizações Estaduais de Pesquisa Agropecuária (Oepas), por universidades e institutos de pesquisa de âmbito federal ou estadual e organizações, públicas e privadas, vinculadas de algum modo à atividade de pesquisa agropecuária.
A Empresa desenvolve pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento beneficiando os mais diversos setores do agronegócio e as parcerias foram fundamentais nesse sentido, permitindo um intercâmbio de conhecimentos com instituições líderes em pesquisa no Brasil e no mundo. Cerca de 250 novos projetos de pesquisa são aprovados anualmente na Embrapa nos mais variados temas de interesse do agronegócio nacional. Hoje a Empresa opera uma carteira do Sistema Embrapa de Gestão (SEG) com mais de mil projetos.
A força da Embrapa também está em sua estrutura, sendo destaque entre as empresas públicas pela equipe altamente qualificada. São 9.795 empregados dos quais 2427 são pesquisadores, 81% deles com doutorado. O orçamento da Empresa em 2012 foi de R$ 2,33 bilhões.
No âmbito internacional, a Empresa desenvolve 49 projetos de cooperação técnica com a América Latina e Caribe, contemplando 18 países, e 51 projetos de cooperação com 9 países da África. Em termos de cooperação científica, destacam-se os Laboratórios Virtuais da Embrapa no exterior (Labex), um arranjo inovador que permite o intercâmbio de conhecimento entre pesquisadores da Embrapa e cientistas de algumas das principais instituições mundiais de pesquisa. Atualmente, a Empresa conta com Labex em operação nos Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Coreia e China. Ainda em 2013, entrará em operação um novo Labex, sediado no Japão.
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