Dias de campo mostram desempenho de forrageiras na recuperação de pastagens em MT
Estudo realizado em Presidente Figueiredo/AM, pelo engenheiro agrônomo Ariel Dotto Blind, sob orientação de Danilo Fernandes Silva Filho, foi voltado ao setor primário para contribuir com a olericultura do Estado do Amazonas.
A alface americana, também conhecida popularmente como “alface repolhuda”, vem adquirindo importância crescente na mesa do manauara para consumo in natura e redes de Fast-Foods. Alem de ser indicada para dietas de emagrecimento, é rica em fibras e constitui uma importante fonte de folato que é indicado para mulheres grávidas, evitando-se anemias. Possui crocrância, melhor palatabilidade, resistência a desidratação, maior vida útil pós colheita e resistência ao transporte. Este tipo de alface é originaria do Sul da Europa de clima temperado, caracteriza-se por imbricar as folhas mais novas em processo continuo, podendo formar ou não uma cabeça característica, dependendo do comportamento do genótipo sobre as condições de cultivo, afirma Blind.
Estima-se que 90 % do que é consumido deste tipo de alface na capital é importado via-aérea de Brasília e São-Paulo encarecendo o que poderia ser produzido a um custo mais baixo se produzido no Estado. Segundo Blind, as condições ambientais da Amazônia em determinados períodos do ano, desfavorecem o desempenho das culturas em geral, porque hora chove muito (estação chuvosa), e hora faz muito calor (estação seca) o que de maneira geral favorece a modificações nas taxas de crescimento, níveis de qualidade e rentabilidade das culturas. Neste sentido o estudo teve por objetivo avaliar o desempenho de 20 cultivares de alface americana cultivadas a campo aberto, nas duas estações climáticas, associado ao uso de filme plástico dupla face (mulching) como cobertura em canteiros afim de subsidiar informações fundamentais para o aprimoramento produtivo de uma determinada cultura que os produtores regionais carecem, explica Blind. A técnica de cobertura do solo “mulching” é muito utilizada na produção de morangos e hortaliças na região sul e suldeste aprimorando os rendimentos e melhorando a qualidade das folhas e/ou frutos porque impede que estes entrem em contato direto com solo. Como reais benefícios constatados, está pratica evita a erosão e mantém a estrutura do solo; evita perdas de fertilizantes por lixiviação e volatilização; diminui a perda de água por evaporação, mantendo o solo úmido; interfere o estabelecimento das plantas invasoras; diminui a incidência de pragas e doenças, permitindo de maneira geral que o produtor eleve suas receitas.
Blind constatou seis cultivares adaptadas as condições climáticas da Amazônia Central, que podem ser cultivadas a campo aberto, no período chuvoso e seco, com boa estabilidade para formação de cabeças, (acima de 80 %) e rendimentos equivalentes a media da região sul e suldeste do Brasil, produzindo entre 300 g a 400 g de peso fresco comercial por pé-de-alface desde que seja cultivada sob pré-requisitos essenciais. O preço do alface americana é muito animador, vendido nas principais feiras de Manaus a um custo variando de R$ 7 a 10 reais o quilo para o consumidor, o produtor recebe em media o preço de R$ 5 o quilo, o que pode se traduzir em uma expressiva margem de lucro.
Já existem alguns produtores pioneiros no cultivo deste tipo de alface em Presidente Figueiredo, Manaus e Iranduba, entretanto o produtor depara-se com uma situação desconfortável, que em muitos casos faz uso da sorte, em utilizar uma cultivar que talvez seja a mais ideal para região. “Agora podemos recomendar com precisão as cultivares mais adequadas para cada época do ano” e ainda o produtor que deseja elevar sua produtividade pode utilizar o mulching mais adequado para região, desde que analisado as vantagens e desvantagens.
Para Blind, existe uma crença muito generalizada no Estado do Amazonas de que as hortaliças tradicionais não produzem, indo de frente aos avanços da Genética e Melhoramento de Plantas e áreas correlatadas. Diversas outras espécies tradicionais possuem potencial de produção para região norte, e que poderiam ser cultivadas a fim de atender as demandas regionais e Estaduais diminuindo as importações, gerando emprego e renda ao olericultor da região. Porém e necessário mais estudos para identificar as melhores ferramentas no sistema produtivo, qualificação profissional dos horticultores e assistência técnica de qualidade.
Mais informações podem ser adquiridas na antiga Coordenação de Pesquisas em Ciências Agronômicas na Av. Ephigênio Salles Lab. de Genética e Melhoramento de Hortaliças
Divulgação
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