Empresas do Grupo Serquímica registram números expressivos em 2010
O mercado de defensivos agrícolas atualmente é altamente dependente de importações. Há 20, 30 anos, 75% das vendas de defensivos eram originárias de produtos sintetizados localmente.
Atualmente, esse quadro se inverteu. Pelo menos 75% do mercado é originário de importações, fato esse decorrente da defasagem cambial, que torna a importação mais atraente do que a produção nacional.
O dólar baixo serve de estímulo para essa atual situação.
Como todos os segmentos industriais, as importações originárias da China e da Índia estão causando impacto no mercado brasileiro.
Os produtos genéricos são responsáveis por cerca de 80% das vendas do setor em termos de volume de produto comercial e as importações defensivos agrícolas vindas da China e da Índia estão aumentando exponencialmente.
Segundo análise feita por Ivan Amâncio Sampaio, Gerente de Informação do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola – SINDAG, comparando-se o período janeiro/setembro de 2001 com o mesmo período de 2010, nota-se um substancial aumento nas importações da Índia, que passou de 22 toneladas em 2001 para 4.595 toneladas, entre produtos técnicos e produtos formulados (produtos à base de Acefato, Clorpirifós, Metamidofós, Imidacloprido, Tiofanato Metil e Mancozebe).
Já as importações originárias da China passaram das 2.109 toneladas em 2001 para 32.911 toneladas em 2010 (principalmente os produtos à base de Carbendazim, Glifosato, Clorimurom Etil, Tebuconazole, Imidacloprido e Paraquate), conforme quadro comparativo abaixo, onde constam os demonstrativos das importações ocorridas nos dois períodos analisados pelos principais países.
Complementando esse quadro de importações podemos dizer que as importações da Argentina passaram de 1.352 toneladas em 2001 para 33.765, principalmente de produtos à base dos ingredientes ativos Glifosato e 2,4-D.
Em decorrência da que de preços real dos defensivos agrícolas e a grande concorrência existente no mercado, a relação de troca com as principais culturas é altamente favorável ao agricultor nos últimos 9 anos (outubro 2002 – outubro 2010), como quadors abaixo, elaborados pelo IEA – Instituto de Economia Agrícola de São Paulo.
Com essa queda significativa no preço real dos defensivos, as margens da indústria estão ficando cada vez mais apertadas, o que poderá determinar para algumas empresas a retirada de alguns produtos de sua linha de comercialização, para não operarem no vermelho.
Segundo o IEA, dos principais defensivos agrícolas comercializados no Estado de São Paulo (131 produtos) quase a totalidade (98%) apresentaram queda nos preços, em termos corrigidos, em outubro de 2010, nas regiões analisadas (34 nos Estado de São Paulo) quando comparados com outubro de 2009.
Para conferir o artigo completo com as imagens clique aqui.
Ivan Amâncio Sampaio
Gerente de Informação do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola – SINDAG
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