A espécie dos cafés arábicas cultivados no Brasil ocupa, neste ano-safra 2018, uma área plantada em torno de 1,505 milhão de hectares, o que permitirá produzir um volume equivalente a 44,333 milhões de sacas de 60kg com produtividade média de 29,5 sacas por hectare. Nesse contexto, se estabelecermos um ranking dos estados com maior área plantada com arábica, constataremos que Minas Gerais figura em primeiro lugar, cujo cultivo corresponde a 998,938 mil hectares, ou seja, 66,4% do total plantado. Em seguida vem São Paulo com 203,444 mil hectares, área que equivale a 13,5%; em terceiro lugar, Espírito Santo, com 156,603 mil hectares (10,4%); quarto, Bahia com 83,224 mil hectares (5,5%); quinto, Paraná com 37,400 mil hectares (2,5%); em sexto, Rio de Janeiro, com 13,368 mil hectares (0,8%).
Se fizermos uma análise semelhante com o café robusta, nos cinco maiores estados produtores, com base na área utilizada com o cultivo dessa espécie no Brasil, teremos os seguintes dados: a área total cultivada corresponde a 375,730 mil hectares, a qual permitirá obter uma produção de 13,710 milhões de sacas, com produtividade média de 36,5 sacas por hectare. O estado do Espírito Santo, que é primeiro colocado na produção de café robusta, se destaca com a maior área que totaliza 231,323 mil hectares e equivale a 61,6% do cultivo com essa espécie. Na sequência, vem Rondônia com 71,605 mil hectares (19,1%); Bahia com 47,200 mil hectares, em terceiro (12,6%); e Minas Gerais em quarto com 13,011 mil hectares (3,46%). Amazonas, Pará e demais estados produtores completam o restante da área.
Esses dados e análises da performance da cafeicultura nacional, entre vários outros de interesse do setor, constam do Sumário Executivo do Café – Agosto 2018, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, o qual está publicado na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Conforme consta ainda dos dados do Sumário Executivo do Café, em relação especificamente aos cafés arábicas, as maiores produtividades registradas no País, neste ano-safra em curso, foram obtidas na Região do Cerrado na Bahia, com 44,4 sacas por hectare, a qual é seguida, respectivamente, pela Região do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais, com a média de 35,8 sacas por hectare.
No tocante à produtividade dos cafés conilon, o Sumário destaca que o maior índice de produtividade também foi obtido no estado da Bahia, especificamente na Região do Atlântico, que registrou em torno de 57,6 sacas por hectare, seguido pelo Espírito Santo com 35,9 sacas por hectare. E, no contexto total da produção nacional da cafeicultura das espécies de arábica e conilon, o Sumário salienta que atualmente a participação percentual do café arábica corresponde a 76,4% e a de conilon a 23,6%, respectivamente. E, por fim, que ambas as espécies tiveram um aumento médio de 28% e 30% de produtividade em 2018, se tais números forem comparados com o ano de 2017.
O Sumário Executivo do Café – Agosto 2018 apresenta diversos dados estatísticos que permitem simular, analisar, traçar cenários e comparar o desempenho da cafeicultura brasileira e em nível mundial, que tratam do: Quadro de Suprimento de café em nível global, e, nessa edição, aborda a produção do Vietnã e Colômbia; quadros Comparativos de Área, Produção e Produtividade de Café em Grãos (arábica, robusta e total) do Brasil; e, ainda, Evolução Mensal das Exportações e Importações Brasileiras de Café; Estoques Privados e Públicos; Preços Mínimos; Operações de Vendas dos Estoques Governamentais de Café – 2016 e 2017; e Preços Médios Mensais de Café.