FMC destaca novos produtos em reunião com acionistas
A empresa pesquisa atualmente mais de 25 produtos com boas perspectivas de mercado, sendo mais da metade novos modos de ação
Neste mês, representantes do Instituto Fraunhofer estiveram na Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, para uma reunião com o secretário executivo Edson Fernandes, com o coordenador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Carlos Nabil Ghobril, com a diretora Eloísa Garcia do Instituto de Tecnologia de Alimentos, e Luis Madi, da diretoria do ITAL, para apresentar novos projetos de parceria em pesquisa com a Apta.
Peter Eisner, chefe de Engenharia de Processos do Instituto Fraunhofer – IVV, acompanhado dos pesquisadores Magdalena Spicher e Alexandre Martins, mostraram resultados da longa parceria e cooperação técnico-científica que tem com o ITAL e, desde 2012, possui um Centro de Projetos para Inovação em Alimentos e Biorecursos e de futuros trabalhos com foco no uso de recursos naturais de forma sustentável.
Na reunião, foi mostrado um estudo realizado com a macaúba, palmeira nativa brasileira, que entre várias utilidades, chamou a atenção do Instituto para a produção de ingredientes para alimentos, como proteínas e fibras solúveis, simultaneamente à extração do óleo, o qual tem grande potencial para produção de querosene para aviação, substituindo a soja e o dendê, pelo rendimento em menor espaço plantado, entre 4 e 5 toneladas de óleo por hectare.
Não é novidade para os brasileiros que dessa planta se aproveita praticamente tudo. Do caule é extraído o palmito; as folhas são usadas como forrageio para animais; das fibras são fabricadas redes, cordas, linhas, balaios e chapéus. O tronco é usado na construção de casas, calhas, mourões e o óleo, extraído da polpa, é empregado na alimentação e na indústria química para produzir cosméticos e ceras.
Para o secretário executivo, que cresceu numa fazenda de macaúba e conhece o potencial da palmeira, a assinatura de um novo acordo de cooperação com a instituição alemã é muito importante. “A troca de experiências entre os pesquisadores, utilizando a matéria-prima brasileira, é um grande potencial econômico e que interessa ao agronegócio do país, pois agindo localmente pensamos no global”, comenta.
Integrar a produtividade com a conservação ambiental é papel dos institutos da Apta . “Há 10 anos quando iniciamos a parceria com a Fraunhofer sabíamos que a colaboração mútua ia gerar resultados que ultrapassam as fronteiras do Estado. Estamos falando em melhoria de condições das pessoas e do planeta”, afirma Carlos Nabil.
A assinatura do acordo será realizada brevemente, assim que o processo for analisado pelo secretário da Pasta, Guilherme Piai, um grande entusiasta da cooperação internacional e do desenvolvimento do agro paulista com destaque no cenário mundial.
É uma organização alemã de pesquisa que tem 72 institutos espalhados pela Alemanha, onde são aplicadas diferentes técnicas em vários campos da ciência. Com mais de 28 mil colaboradores, principalmente cientistas e engenheiros, possui um orçamento em pesquisas de cerca de 2,8 bilhões de euros, ao ano. Desses, dois terços do financiamento são adquiridos por meio de contratos de trabalho, tanto com o governo quanto com parcerias privadas.
No Brasil, o fato de ter tradição em estudos científicos, com o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, atraiu a Sociedade Fraunhofer que, através de operações conjuntas, trouxeram benefício socioeconômico e colocaram o país entre as indústrias mais importantes do mundo.
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