Aprosoja/MT realizou rodada técnica na Argentina

09.04.2010 | 20:59 (UTC -3)

O grupo da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) formado pelo presidente da entidade, Glauber Silveira, por diretores e pela gerência técnica visitou a Argentina, na semana passada.

No primeiro dia, terça-feira (06/04), o grupo esteve em Rosário, município da província de Santa Fé que está a cerca de 300 km de Buenos Aires. A primeira visita ocorreu na esmagadora Luis Dreyfus Commodities (LDC), que recebe produção de milho, girassol, sorgo, cevada e soja para a produção de óleo, farelo e biodiesel.

Para Glauber a logística é o fator diferencial. “Paralelo à fábrica existe o porto onde são embarcados simultaneamente farelo e óleo de soja em dois navios separados”. Ele explica também que o processo de classificação de grãos da soja é feito automaticamente na própria esmagadora LDC e necessita de poucas intervenções dos operadores. “As máquinas são tão eficientes que é possível fazer a classificação de cinco caminhões carregados de soja por vez. O laudo sai em até 2 minutos e direciona o caminhão para diferentes filas de qualidade do grão na entrada da empresa”.

O diferencial é que no caso do produtor de soja não concordar com o resultado, a amostra é lacrada e enviada para a Câmara Arbitral de Classificação para realização de novos testes. O grupo presenciou todo o processo físico de classificação de grãos. Além disso, também foi feita apresentação sobre como são realizadas as análises químicas para fertilizantes, amostras de solo, qualidade de biodiesel, teores de óleo e proteína de cereais, descontaminação e pesticidas. Há ainda um laboratório que faz pesquisas de transgenia. “É realmente um laboratório completo. A maior parte dele é mantida pelos exportadores, mas as análises são custeadas pelos produtores e cooperativas”, acrescenta o presidente da Aprosoja/MT.

O grupo visitou ainda o centro de Rosário para conhecer a Bolsa de Comércio da cidade. As negociações na Bolsa ocorrem no mesmo período em que são realizados os pregões em Chicago. Mas a venda e compra de cereais são feitas tanto pelos exportadores quanto pelas cooperativas e armazéns de produtores. “Esta é uma forma muito interessante de negociação de grandes volumes entre cooperativas e exportadores”, salienta Glauber.

Ainda no prédio da Bolsa de Comercio de Rosário os representantes da Aprosoja visitaram a sede da Acsoja (Associação dos Produtores de Soja da Argentina) e participaram de reunião com o responsável pela área de prospectiva da Associação dos Produtores da Argentina (Aapresid), Augustin Bianchini, que falou sobre a iniciativa da entidade em realizar certificação de produtos por meio do conceito de boas práticas agrícolas. “Nós aproveitamos para falar sobre os objetivos do Programa Soja Plus, que foi lançado em São Paulo na terça-feira (06.03) e que também tem como objetivo final a certificação social e ambiental da soja brasileira”, completa o presidente da Aprosoja/MT.

Outro ponto que chamou a atenção dos representantes dos produtores mato-grossenses é que o país vizinho tem investido na produção de biodiesel. “A Argentina está com o plano de mistura de 5% de biodiesel no diesel, para estimular o consumo do produto e já está conseguindo até exportar para a Europa. Podemos dizer que este é um mercado em potencial para o biodiesel brasileiro”, pontua Glauber.

Fonte: Ascom Aprosoja/MT -

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