Na noite de segunda (06), sete pessoas foram presas na região Sul de Mato Grosso por furto de soja. A ação rápida da polícia já é fruto da parceria entre a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). O flagrante foi feito depois que o furto foi informado no disque denúncia (65) 99811-2033, via WhatsApp, e o Núcleo Investigativo e Operacional do município foi acionado e recuperou 15 toneladas de soja.
Para dar continuidade à parceria, nesta quarta (08) foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre Aprosoja e Sesp. “Este termo é histórico. Ele visa, obviamente, a uma redução no número de roubos e furtos de defensivos agrícolas e outros produtos. Entretanto, o objetivo maior é identificar as organizações criminosas e também apontar e responsabilizar os receptadores”, afirma Rogers Jarbas, secretário de Estado de Segurança Pública.
O presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, lembra que os índices de assaltos na área rural têm aumentado, assim como a insegurança dos produtores rurais, o que levou à assinatura do termo de cooperação. “Vamos alimentar a inteligência das polícias com informações e também orientar os agricultores sobre segurança no campo, dando informações sobre como guardar e receber os produtos, que controles devem ser feitos dentro e fora da fazenda. Estamos animados”, diz.
Além da interação entre comunidade e órgãos da segurança pública, o termo de cooperação também trata da colaboração para soluções de monitoramento e rastreabilidade de produtos, cargas e animais. “Espero já ter resultados positivos nesta safra. A gente está trabalhando com rastreabilidade via satélite e utilização de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs) para ronda. São tecnologias que surgem para a segurança no campo”, explica Dalcin.
A otimização dos recursos humanos da Segurança Pública também é uma meta neste projeto. “A atividade de inteligência é importante porque vai nos direcionar ao foco do problema. Quando atuamos com unidades especializadas criamos um sistema de combate, uma rede de proteção à comunidade rural”, explica Rogers Jarbas.
Dados do mercado apontam que 30% dos produtos agrícolas movimentados em Mato Grosso são ilegais ou roubados. “Isso é preocupante. Por isso é importante investir em tecnologia e trazer a indústria para dentro do programa, porque se os produtos vierem rastreados de fábrica, é mais fácil controlar”, comenta o presidente da Aprosoja. Ele conta que, no início, o investimento – que deve chegar a R$ 1 milhão, deve ser aportado pelas entidades do agronegócio.
SERVIÇO – As denúncias de roubos e furtos de produtos agrícolas podem ser feitas pelo telefone (65) 99811-2033, exclusivamente via WhatsApp ou SMS.