Helm aposta em modelo de fortalecimento de parcerias com os clientes de produtos para crescimento no Brasil
Stephan Schnabel, que detém 40% da empresa, visitou o País para detalhar investimentos, previsões e lançamento de fungicida
A China segue sendo o principal comprador mundial de soja. Para debater o mercado, os países que formam a Aliança Internacional dos Produtores de Soja (ISGA) reuniram-se com governo e outros players importantes para o setor do agronegócio. Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai, Estados Unidos e Canadá, membros da ISGA, são responsáveis pela comercialização de 95% de toda a soja exportada no mundo.
O primeiro compromisso foi com a Sinograin, empresa que compra 6 milhões de toneladas de soja por ano e a preocupação dos diretores foi com as discussões governamentais sobre transgênicos e segurança alimentar. “A diretoria nos informou que as compras continuarão aumentando anualmente, mas em velocidade menor. Temos que aproveitar as oportunidades de mercado”, diz Endrigo Dalcin, presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), que está participando do evento na China.
Os empresários também relataram aos participantes da ISGA que haverá incentivo à produção de soja e desaceleração do plantio de milho no país. “A produção interna dos chineses é de soja não-transgênica, então não há interferência no mercado global”, explica Dalcin.
Os representantes da ISGA se reuniram com um grupo do governo chinês que define a política agrícola do país. Desde 1996, a China importa soja de diversos lugares do mundo e, somente em 2016, foram 83 milhões de toneladas importadas. O consumo per capita é de 61 quilos por ano. “Há uma preocupação de garantir a compra de produto com qualidade, segurança alimentar e sustentabilidade”, diz Dalcin.
O dia terminou com uma visita à Cofco, multinacional chinesa que tem operação na América do Sul. A empresa compra 12 milhões de toneladas por ano dos países membros da ISGA e a projeção para 2020 é de 16 milhões de toneladas. “Entre diversos assuntos, os diretores comentaram sobre a qualidade dos grãos produzidos nestes países. Agora, vamos levar as demandas para casa e solucionar”, contou o presidente da Aprosoja. Também participaram desta reunião representantes dos fabricantes de rações, criadores de animais e jornalistas.
No Ministério da Agricultura da China, a ISGA levou a demanda de aprovação de biotecnologia pelo governo local. “Pedimos celeridade nos processos e reportamos as dificuldades das empresas brasileiras em trazer o produto para a China”, explicou Dalcin, que avaliou a relação entre os países produtores de soja e o governo chinês como muito boa.
Para dar continuidade ao objetivo de informar os chineses sobre a soja, foi realizada na terça (28) uma conferência intitulada “A importância da produção sustentável e o consumo de soja nos países da América e seu comércio com a China”. Quinze veículos de comunicação chineses participaram dos debates. “A Aprosoja participou de um painel e respondemos os questionamentos dos repórteres. São dúvidas bem simples sobre o avanço dos transgênicos e a forma de produção no Brasil”, contou Endrigo Dalcin. Ele também respondeu sobre a produção de soja convencional e produção sustentável no país.
UNIVERSIDADE – No início da viagem à China, o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, e o associado e consultor, Ricardo Arioli, participaram de uma aula na Universidade da Agricultura da China. O convite foi feito pelo executivo Lin Tan, diretor da Hopefull, e também professor do mestrado de Mercado Internacional de Commodities. “Falamos para 84 alunos do Mestrado e conseguimos explicar a produção de soja e milho no Brasil e em Mato Grosso. Também falamos de sustentabilidade e do Soja Plus. Foi uma oportunidade ímpar”, avaliou o presidente.
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