Alternativas para a viticultura são mostradas em Tarde de Campo no RS

23.12.2008 | 21:59 (UTC -3)

Mostrar aos agricultores alternativas para a produção de uva foi o objetivo da Tarde de Campo realizada sexta-feira (19/12), na propriedade de Nerci Martini, localizada na comunidade de Esquina Araújo, em Independência/RS.

A preparação para o plantio e a importância de uma análise completa do solo, incluindo uma avaliação de micronutrientes, foi um dos assuntos abordados pelo técnico da Emater/RS-Ascar Nilton Pertile. Segundo ele “é a fase fundamental para o cultivo, pois é possível observar se o solo precisa ser corrigido, se é necessária a utilização de calcário, fósforo, potássio, nitrogênio e boro, um nutriente muito importante para o cultivo da videira.”

Em relação às doenças que atingem a cultura, duas são mais encontradas nos pomares de videiras na região noroeste do Estado: o mildio e a antracnose. A antracnose ocorre na produção quando a uva é atingida por ventos frios, já o míldio pode ser observado em locais onde a temperatura é elevada. Ambas as doenças são decorrentes da alta umidade do ar, excesso de chuvas e orvalho.

Segundo o agrônomo Gilmar Vione “é importante que o agricultor encontre um local protegido do vento, localizado mais ao norte ou a leste, que, pelo fato de estarem mais expostos ao sol, ajudam a diminuir a incidência de doenças.” Vione ainda mostrou aos participantes que é possível diminuir as doenças com tratamentos orgânicos, sem o uso de fungicidas, utilizando caldas orgânicas, preparadas com esterco de bovinos, melado, leite, minerais e água. Esse processo sofre fermentação, e quando aplicado, torna-se um fortificante para a planta.

“A região noroeste possui um enorme potencial para a produção de uvas”, salientou o técnico da Emater/RS-Ascar Paulo Sartori, ao se referir às vantagens da altitude e da temperatura superior da região, em relação ao resto do Estado, “para a fruticultura não há nada melhor que excesso de sol e calor. Estas condições favorecem a comercialização, pois é possível distribuir a fruta ao mercado bem antes das demais regiões”, enfatiza Sartori. A Tarde de Campo contou com a participação de cerca de 150 pessoas.

Sandra Henriques

Emater/RS-Ascar – Regional Santa Rosa

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