Produtores de Brasília realizam visita técnica à fábrica da Agritech
Durante o dia de 24 de junho, agricultores da região de Brasília visitaram a fábrica da Agritech
A incidência de HLB (greening), a principal doença da citricultura, se manteve estável no último ano, segundo levantamento feito pelo Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura nos pomares do parque citrícola, que engloba 349 municípios dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Amostragens feitas no mês de junho apontam que a doença está presente em 16,92% das laranjeiras (o estudo não abrange limões, tangerinas e pomares abandonados). O número é semelhante ao do ano passado de 17,89%, se considerar a margem de erro da pesquisa de um ponto percentual para mais ou para menos.
É o primeiro ano que a doença se mostra estável desde que o levantamento foi iniciado, em 2008. O motivo é a alta taxa de eliminação de plantas doentes, tanto por parte dos citricultores que estão fazendo o manejo rigoroso do HLB quanto pela saída de pomares, que levaram ao encolhimento do parque citrícola no último ano.
De acordo com o gerente do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres, a maioria dos citricultores já incorporou as medidas de manejo de HLB não somente dentro do seu pomar, mas fora da propriedade também. “O manejo regional tem se mostrado eficiente para controlar a incidência da doença em grupos de produtores que trabalham conjuntamente no combate ao psilídeo. Associado à eliminação de plantas doentes, esta ação foi determinante para diminuir o crescimento do greening”, diz.
O trabalho dos produtores para manter o HLB sob controle em seus pomares e nas vizinhanças teve a contribuição da saída de muitos pomares, a maioria com alta incidência da doença. De acordo com a Pesquisa de Estimativa de Safra (PES), foram erradicados 21,3 mil hectares de laranja entre abril de 2015 e março de 2016, dos quais 57% eram de pomares acima de 10 anos. Em contrapartida, foram plantados 9,5 mil hectares com laranja no período. “Houve uma eliminação de pomares velhos e doentes, que deixaram de ser produtivos por causa do HLB, ao mesmo tempo em que mudas sadias foram plantadas, isso fez com que a doença se mantivesse no mesmo patamar”, afirma o pesquisador Renato Beozzo Bassanezi.
A incidência de HLB corresponde a 32,5 milhões de árvores doentes no campo. Destas, 51% apresentam mais de um quarto da copa com sintomas, o que já é considerado estado avançado da doença. “Embora a incidência de HLB apresente estabilidade, a severidade teve um ligeiro aumento. No ano passado, havia 15,4 milhões de árvores com sintomas severos e, atualmente, há 16,6 milhões”, afirma Ayres.
O comportamento da doença foi diferente dependendo da região. Diminuiu nas macrorregiões Sul e Norte, se manteve estável na Noroeste e aumentou nas áreas Centro e na Sudoeste.
A macrorregião Sul, onde ficam as regiões de Limeira, Porto Ferreira e Casa Branca, continua a mais afetada, com 32,34% de plantas infectadas, porém foi a que apresentou a maior queda de incidência, com 10 pontos percentuais a menos que no ano passado, quando foram identificadas 42,5% das plantas dos seus pomares com sintomas da doença. A macrorregião teve 5.304 hectares de citros arrancados no último ano e, em contrapartida, foram plantados 4.429 hectares de novos pomares.
Na macrorregião Norte (Triângulo Mineiro, Bebedouro e Altinópolis), a doença caiu de 6,81% para 5,74% das plantas. Já a macrorregião Noroeste (Votuporanga e São José do Rio Preto) está com 2,29% das árvores com sintomas. No ano passado eram 2,23%.
A macrorregião Sudoeste (Avaré e Itapetininga) apresentou o maior aumento proporcional da doença, saltando de 4,72% para 6,38%. Já a macrorregião Centro (Matão, Brotas e Duartina), a incidência foi de 23,57% de laranjeiras em 2015 para 26,97% no levantamento de 2016.
Mais dados do levantamento podem ser acessados no link:
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