Alta população de psilídeos exige que citricultores adotem controle mais rigoroso

Vetor do greening segue muito acima da média no cinturão citrícola; em janeiro de 2021, número de capturas foi 270% maior do que em janeiro de 2020

24.02.2021 | 20:59 (UTC -3)
Fundecitrus

Após 2020 apresentar os maiores índices de captura do psilídeo já registrados pelo Alerta Fitossanitário, a população do vetor do greening segue muito acima da média no cinturão citrícola – em janeiro de 2021, o número de capturas foi 270% maior do que em janeiro de 2020. As condições climáticas extremamente favoráveis para alimentação, reprodução e dispersão do inseto ajudam a explicar o cenário. Outro fator pode ser a diminuição, devido à pandemia, do rigor do manejo, tanto interno quanto externo.

Diante da dificuldade de controle, pesquisas do Fundecitrus indicam a necessidade de aumentar a frequência das aplicações para interromper o desenvolvimento do psilídeo dentro das fazendas. “Longos intervalos de aplicação [iguais ou superiores a 14 dias] durante o período de chuvas e brotação permitem que os insetos que não foram atingidos pelos defensivos consigam colocar ovos e que estes, que não são controlados pelos inseticidas, eclodam. Por isso citricultores estão encontrando ninfas do psilídeo em seus pomares”, explica o pesquisador do Fundecitrus, Marcelo Miranda. “A recomendação é que os produtores realizem aplicações semanais durante o fluxo vegetativo, para que o ciclo de vida do psilídeo seja interrompido”, diz.

Adotar um controle mais rigoroso nesse momento é fundamental para evitar o aumento da incidência de greening no futuro. “Além da frequência, é necessário garantir a qualidade das aplicações por meio de produtos com maior residual, volume adequado e rotação de grupos químicos”, recomenda Miranda.

Condições climáticas atuais dificultam o controle do psilídeo:

Quais as recomendações?

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