Soja: identificada ferrugem em lavouras comerciais de GO, MS e PR
A alta do etanol nas bombas e para os bolsos dos consumidores continuam dando o que falar. Recentemente, o governo jogou na mídia que considera a recente alta dos preços do etanol "além do razoável".
"Esse é o velho jogo cínico de desviar o foco dos assuntos e são, justamente, observações sem critério técnico algum, como essas, que só podem vir de gente que acha que a lei da oferta e demanda pode ser revogada com uma penada de Gabinete", avalia Arnaldo Luiz Corrêa, gestor de riscos da Archer Consulting.
Para ficar claro, o preço da gasolina é controlado pelo governo, pois não reflete os preços internacionais da commodity petróleo, e isso faz com que a demanda interna de álcool fique restrita à sua competitividade em relação à gasolina. "Ocorre que o etanol também sofre os efeitos da oferta e demanda do açúcar, que é uma commodity e tem preços livres no mercado internacional. Como costuma acontecer, fingindo que não sabe disso, o governo tenta enganar os consumidores e também parte da mídia, induzindo-os a acreditar que se faltar álcool a culpa é do usineiro", completa Arnaldo Corrêa.
Segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o país chega a 434 usinas de açúcar e de álcool, das quais 251 são mistas, 167 produzem apenas etanol e 16 apenas açúcar. E a tendência de fusões e aquisições neste mercado continua. "Os indianos estão chegando. O grupo Shree Renuka comprou duas usinas no Paraná e prepara-se para levar mais duas. Fiquem de olho", acrescenta o gestor.
Letícia Odilon
Esfera da Comunicação - Assessoria de Imprensa
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