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O programa Intensive Connection Latam, realizado em parceria entre o AgTech Garage — maior hub de inovação especializado no agronegócio na América Latina — e sete empresas líderes em seus segmentos e com atividades ligadas ao agronegócio, anunciam as 13 startups que farão parte de uma jornada de cooperação de alto nível nos próximos sete meses.
Em conjunto com o AgTech Garage, as empresas brasileiras Suzano, do segmento de papel e celulose, e a instituição financeira cooperativa Sicredi, a companhia americana de máquinas John Deere, a marroquina de fertilizantes OCP, a empresa francesa de saúde animal Ceva, a empresa global de agronegócio e alimentos Bunge e a multinacional alemã de saúde e nutrição Bayer, selecionaram startups com tecnologia de ponta para colaborar com seus desafios de inovação.
Referência no Brasil, o Intensive Connection é o principal programa de inovação aberta no agro do país e chega este ano à sua quarta edição. Ao todo, mais de 200 startups latino-americanas se inscreveram para participar e 33 chegaram a ser finalistas. José Tomé, CEO do AgTech Garage, conta que o número de inscrições para o Intensive Connection se manteve no alto patamar atingido em 2021, de mais de duas centenas de ag&foodtechs, que em sua maioria postularam para mais de um desafio proposto pelas sete diferentes participantes. A Bayer chegou a ter mais de 100 inscrições para seus desafios. John Deere e Sicredi passaram de 80 cada, e a OCP superou as 70 inscrições.
“Foi uma edição super competitiva e que demandou do nosso time e dos parceiros um trabalho a várias mãos para não perder nenhum detalhe e oportunidade em potencial. Se o parceiro escolhe duas startups para trabalhar com alto nível de engajamento durante o ano, são as startups do Intensive Connection. É motivo de imensa satisfação para nós o grau de comprometimento das companhias com o ecossistema de inovação e com a geração de valor para as startups”, diz.
Hoje, o AgTech Garage já conta com mais de 900 ag&foodtechs conectadas à sua plataforma digital e protagoniza com os parceiros da comunidade uma nova dinâmica em prol da inovação no agronegócio. Henrique Provenzzano, Coordenador de Programas de Inovação Aberta do AgTech Garage, lembra que as startups selecionadas têm acesso via IC a mentorias, networking, eventos exclusivos, conexões e todo o apoio do AgTech Garage e dos parceiros corporativos para aperfeiçoarem suas soluções e ganharem escalabilidade ao longo do programa que visa a potencialização das startups.
A proximidade entre as companhias e as ag&foodtechs durante o Intensive Connection pode resultar ainda em provas de conceito (POCs), negócios, co-desenvolvimento de novas soluções tecnológicas e até mesmo investimentos, tudo para impulsionar a sustentabilidade e competitividade do agronegócio. O programa Intensive Connection é equity free, ou seja, não requer participação acionária nas startups.
Este ano, além de todo este suporte conferido pelo AgTech Garage, será incorporada ao programa a interação de diferentes áreas das companhias com o hub. “Por definição, a inovação aberta vai além dos muros das organizações, mas é preciso intensificar a transformação de dentro para fora. Mantendo contato com as áreas de Recursos Humanos, Jurídico, TI, Comunicação e Suprimentos dos parceiros, queremos ajudar a potencializar a estratégia de inovação desenhada pelos catalisadores e lideranças que já interagem conosco”, diz Provenzzano.
Outra novidade é a volta dos encontros presenciais entre os catalisadores do programa e o time do AgTech Garage. No primeiro Innovation Talks desta edição, o grupo teve a oportunidade de discutir metodologias de gestão para os projetos e cases de sucesso de edições anteriores frente a frente. “É uma grande oportunidade estarmos presencialmente juntos de novo e um dos focos da conversa foi na gestão ainda mais colaborativa dos projetos do Intensive Connection, com os Innovation Partners compartilhando diferentes metodologias de gestão da inovação”, conta Provenzzano.
A troca de experiências entre os parceiros vem ganhando densidade ano a ano, com a maturidade do programa e das empresas participantes (seis já haviam participado de edições anteriores). A mais nova ingressante é a John Deere, que se somou em 2022 ao seleto grupo de empresas que realizam o Intensive Connection ao lado do AgTech Garage.
Nesta edição do programa, a Suzano buscava soluções para garantir a sustentabilidade das operações e desenvolver profissionais para trabalhar com a floresta 4.0. A empresa, referência global na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto, selecionou as startups RD3 Digital, uma das pioneiras no desenvolvimento e aplicação de tecnologias de realidade aumentada e virtual no Brasil, e a Oniria, startup de tecnologia que atua no modelo B2B com foco na indústria e oferece treinamentos e serviços de engajamento profissional.
Gabriel Paulo de Souza, Coordenador de Excelência Operacional Florestal da Suzano, revela que as duas startups selecionadas vieram de um universo de mais de 60 inscritas e superaram as expectativas em relação aos próprios desafios temáticos. “O programa tem se mostrado um ótimo canal de colaboração entre as oportunidades de negócio apresentadas pela Suzano e o ecossistema de inovação aberta. Enxergamos até múltiplas aplicações para as soluções propostas que vão além do desafio apresentado, e mostram grande convergência com as tendências do mercado agro”, afirma.
Segundo ele, o pitch reforçou o interesse das startups no desafio de capacitação e desenvolvimento de profissionais florestais. “A partir de agora, esperamos um alinhamento direto com as startups para desenvolvermos uma POC de sucesso, que gere valor tanto para a Suzano quanto aprendizados e ganhos para as startups selecionadas”, diz.
O Sicredi, pautado pelos princípios do cooperativismo e pela sua estratégia de gestão sustentável, selecionou, desta vez, a VEGA e a Busca Terra. As duas startups têm soluções para diagnosticar o potencial do pequeno produtor na geração de créditos de carbono e acesso a Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA). No caso da VEGA, o core é a entrega de dados cadastrais cruzados com uma visão geo espacial das propriedades agrícolas, com o objetivo de fazer a rastreabilidade de origem da cadeia produtiva do agronegócio integrada a indicadores de sustentabilidade dentro de sistemas ERP. Já a Busca Terra é uma agtech que mira a mitigação de riscos em operações financeiras de imóveis rurais por meio da integração, análise e disponibilização de informações sobre estes ativos agrícolas.
Para Luis Henrique Veit, superintendente de Agronegócio do Sicredi, fica evidente a evolução na maturidade e qualidade dos pitchs das agtechs nesses quatro anos de parceria com o Agtech Garage. “Foi um grande desafio selecionar apenas duas startups finalistas e nossa régua foi lá no alto. Nós vemos um grande potencial de entrega de resultados nas soluções da VEGA e da Busca Terra, que se conectaram instantaneamente com a estratégia agro do Sicredi, com as iniciativas internas mapeadas e oportunidades identificadas junto aos nossos associados agro”, diz.
Segundo Veit, a participação ativa do AgTech Garage na seleção também foi fundamental para fazer a curadoria das startups. “Vale destacar a excelência do time do AgTech Garage na condução do processo, contribuindo com metodologias e ferramentas de avaliação das startups, que nos auxiliou para a tomada de decisão”, afirma.
O tema da OCP, por sua vez, foi o da democratização do acesso aos fertilizantes pelo agricultor e apoio à sua digitalização com soluções de marketplace para gerar insights e inteligência de mercado. A partir deste norte, a empresa selecionou a Grão Direto, plataforma líder na comercialização digital de grãos na América Latina, e a Itatijuca, biotech especializada na otimização do uso de microrganismos em processos industriais.
Ademir Bazzotti, Diretor Logístico da OCP no Brasil, afirma que a expectativa agora é trabalhar junto com as duas startups para desenvolver soluções que tragam benefícios para o produtor rural. “Essas startups encaixam-se perfeitamente na visão da OCP de colocar o produtor no centro das nossas atenções. Acreditamos que, de fato, vamos entregar produtos e serviços que os ajudem a produzir mais -- de forma sustentável -- e a se antecipar às tendências de mercado, elevando a sua rentabilidade. Além disso, as interações certamente irão trazer aprendizados para as áreas internas da OCP, que estão bastante animadas com os projetos selecionados”, diz Bazzotti.
De acordo com o executivo da OCP, a empresa está muito confiante em relação às entregas previstas. “Nesta quarta edição em que a OCP participa do Intensive Connection, atingimos um nível excepcional de startups aderentes ao nosso desafio. Desde a inscrição até o dia da apresentação, pudemos perceber que os líderes das startups preparam-se bem para o programa e realmente querem desenvolver negócios sustentáveis e de valor tendo a OCP como partner of choice”, destaca.
A Ceva, que buscava novos serviços para fidelização de clientes voltados ao bem-estar animal, ambiente e manejo, deu o primeiro passo para se aproximar da eHorus, de inteligência de mercado em tempo real para otimização da tomada de decisões das indústrias e do varejo de bens de consumo, e da VEGA, startup que oferece soluções especializadas em tecnologia, serviços de consultoria setorial e práticas de gestão corporativa para diversos segmentos, também escolhida pelo Sicredi.
Para Giankleber S. Diniz, Diretor Geral da Ceva no Brasil, as startups selecionadas apresentaram projetos sólidos e com plena capacidade de atender ao desafio proposto pela Ceva, de nada mais nada menos do que transformar dados em informações relevantes para atender seus clientes com excelência.
“O Intensive Connection é um importante propulsor para inovação no agronegócio.
A cooperação entre empresas e startups contribui para acelerar a digitalização do campo, que é fundamental para atender a crescente demanda do setor. Temos orgulho de apoiar e fazer parte desta iniciativa”, diz.
No caso da Bunge, cujo foco foi em soluções logísticas para otimização, digitalização e sustentabilidade dos seus processos, as startups escolhidas foram Membran-i e Flowls. A Membran-i desenvolve soluções tecnológicas e inovadoras para facilitar e simplificar processos de compras, tornando-os mais automatizados, eficientes e assertivos. Enquanto a Flowls fornece soluções para gestão, automação e integração de fluxos de operações de logística e comércio exterior a partir de uma plataforma Saas.
Makoto Yokoo, Diretor de Logística da Bunge, afirma que a qualidade técnica dos empreendedores participantes foi impressionante. ”Acreditamos que pessoas -- mais do que a tecnologia em si -- são o principal fator para a transformação digital e ficamos muito entusiasmados ao notar que os empreendedores que selecionamos também acreditam e vivenciam essa crença”, diz.
Ele reforça que a troca com as startups selecionadas poderá contribuir com a otimização dos processos e gerar valor à operação logística da Bunge. “Sabemos que em função do porte e escala da Bunge os desafios são grandes, mas estamos animados com as possibilidades que se abrirão a partir da interação com as startups selecionadas. Temos certeza de que será um processo de aprendizado mútuo, com benefícios para todos os envolvidos”, completa Makoto.
Para a Bayer, a jornada segue ao lado da AgTrace e Auravant, que atenderão à demanda da empresa por rastreabilidade e integração de plataformas digitais. A AgTrace é uma plataforma de rastreabilidade e segurança alimentar que digitaliza as informações da cadeia produtiva e facilita a visualização e acompanhamento de processos. Já a argentina Auravant oferece uma plataforma de soluções digitais integrada para produtores e grandes empresas acoplarem diferentes soluções.
Dirceu Ferreira Junior, Líder de Inovação Aberta na Divisão Agrícola da Bayer para a América Latina, ressalta o valor que a companhia enxerga na cooperação com as startups Latam, o que direcionou inclusive a escolha de uma agtech brasileira e outra argentina. “Tal qual nos anos anteriores, a Bayer tem sido uma empresa âncora, que atrai uma grande quantidade de startups interessadas no programa. Aproveitamos esse bom momento junto com o AgTech Garage para ter uma abrangência maior fora do Brasil e em outros países da América Latina. Queremos abraçar cada vez mais a região”, atesta. O objetivo da Bayer é envolver empresas nascentes em projetos de referência para a companhia, que investe fortemente na inovação aberta.
“O Intensive Connection tem sido um sucesso e nos ajuda a fortalecer um dos principais pilares estratégicos da Bayer, a inovação. Para nós, a inovação aberta possibilita criar novas ferramentas para os desafios atuais. E é com a expertise de startups brilhantes que conseguimos criar, juntos, novas soluções para moldar o futuro da agricultura”, afirma. Em anos anteriores, a Bayer selecionou startups que hoje estão consolidadas no mercado, como a Perfect Flight, Safe Trace, Sensix, Farmbox, Já Entendi e My Farm Agro.
Em seu ano de estreia no Intensive Connection, a John Deere lançou como desafio a digitalização no campo com uma visão 360º da operação agrícola, que foi abraçado pelas startups Cromai e SciCrop, as selecionadas pela companhia. A Cromai, de agricultura de precisão e inteligência computacional, é especializada na identificação de plantas daninhas em lavouras de cana-de-açúcar e está expandindo seu mercado para a soja. Já a SciCrop explora a integração de dados e algoritmos para gerar análises de valor para negócios usando inteligência artificial.
Emanuel Ritter, Gerente de Geração de Valor & Líder de Inovação Aberta da John Deere para a América Latina, reafirma o compromisso da empresa com a geração de valor para o ecossistema empreendedor. Com muita satisfação, ele reforça que a companhia teve 82 startups inscritas no seu desafio e vai continuar monitorando mesmo aquelas que não foram selecionadas desta vez. “Foi uma tarefa árdua selecionar apenas duas startups no Intensive Connection, já que há muitas soluções geniais e que podem gerar muito valor aos produtores”, afirma.
“Agora, estamos ansiosos para iniciar os projetos e processos de mentoria com a Cromai e a SciCrop, para identificar as principais necessidades delas e conectá-las com as áreas internas da John Deere. Essa interação de empresas novas com uma thought leader de mais de 185 anos agrega muito valor a todas as partes envolvidas”, diz.
Com o início da fase de projeto, a John Deere também planeja conectar as startups escolhidas a concessionários e clientes, a fim de viabilizar junto delas a execução de provas de conceito no campo focando na geração de valor compartilhado para toda a cadeia do agro, a começar pelo produtor rural. “A John Deere quer ser a ponte entre as soluções inovadoras que irão surgir e as lavouras, principalmente por meio da inovação aberta”, conclui Ritter.
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